Atividades náuticas vianenses: exemplo europeu de boas práticas de sustentabilidade e educação ambiental nos desportos outdoor

O Surf Clube de Viana (SCV) organizou o 2º exchange meeting do projeto Sustainability and Environmental Education in Outdoor Sports (SEE), financiado pelo Programa Erasmus+ Sport. Reuniu parceiros do projeto e especialistas externos, oriundos de Portugal, Espanha, França, Reino Unido, República da Irlanda, Países Baixos, Suécia, Roménia e Sérvia, na cidade de Viana do Castelo entre 8 e 11 de novembro. Tendo partilhado com grande êxito boas práticas de sustentabilidade e educação ambiental nos desportos outdoor no território, bem como possibilitado a experienciação de um vasto leque de atividades outdoor.

Esta partilha de boas práticas nos territórios dos diferentes parceiros do SEE conduzirá ao desenvolvimento de uma metodologia pedagógica prática que será partilhada e implementada em toda a Europa, junto dos profissionais de desporto outdoor, incluindo nas federações e nos clubes. Conduzindo, assim, ao aumento das competências em sustentabilidade e educação ambiental dos agentes do desporto outdoor e garantindo que os impactos dessas atividades sejam minimizados e mitigados.

O programa vianense, que teve o Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo (CAR Surf) por base logística, deu destaque às atividades náuticas, sobretudo de surfing, pelo SCV, e de canoagem com o Darque Kayak Clube. Também realizaram-se visitas guiadas ao Geoparque do Litoral de Viana do Castelo, por Ricardo Carvalhido, ao CMIA – Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viana do Castelo e ao Parque Ecológico Urbano de Viana do Castelo. Entre as boas práticas partilhadas, ainda constaram o SCV como a primeira instituição no mundo a obter a certificação de turismo de surf sustentável ao mais alto nível: STOKE “Melhores Práticas” (STOKE Best Practice), a Surfrider Foundation Europe, cuja primeira Delegação funcionou no SCV, o movimento cívico ambientalista “Não Lixes” que tem Fernando de Paiva (Joca) por responsável, que tenta chamar a atenção para a pegada que cada um deixa no planeta, e que tem vindo a desenvolver várias atividades com o clube vianense.

Com vista a mitigar o impacto da pegada de carbono das viagens deste meeting, estimada em cerca de 13 toneladas de CO2, foram ainda plantadas árvores na área do CAR Surf e, em parceria com a Associação Plantar Uma Árvore, está prevista, a curto prazo, a plantação de mais espécies autóctones promovendo também a conservação e promoção da floresta nativa e de sustentabilidade da biodiversidade das espécies autóctones.

Para Noel Doyle, chefe de fila do SEE, da Leave No Trace Ireland e que nunca tinha estado na Princesa do Lima, “neste intercâmbio, focado nos desportos náuticos e na criação de relações com a terra e os impactos que as nossas atividades podem ter, Viana do Castelo superou as expetativas”.

Segundo João Zamith, presidente do SCV (a única instituição portuguesa que integra o SEE), todos os objetivos foram cumpridos e as condições meteorológicas excecionais também contribuíram para aumentar a notoriedade de Viana do Castelo ao nível da sustentabilidade e educação ambiental nos desportos outdoor.

O próximo exchange meeting vai ser subordinado ao tema inverno e já está agendado: de 14 a 18 de fevereiro próximo em Linköping, na Suécia.

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