Conforme estava anunciado, realizou-se no passado dia 13 de junho, pelas 21 horas, no edifício Martins Viana, polo da Meadela da União de Freguesias (Santa Maria Maior, Monserrate) e Meadela, na Praça Diogo Vaz de Alamão, aquilo a que o Executivo designou de «conversas abertas» e que tratou o tema da desanexação de Freguesias, particularmente da Meadela, cumprindo um compromisso saído da última reunião da Assembleia de Freguesia.
Estas “conversas abertas” iniciaram-se no passado dia 30 de maio, na sede da União de Freguesias em Santa Maria Maior, para auscultar os habitantes daquela freguesia e terão a sua última sessão no próximo dia 14 de maio, no polo de Monserrate da União de Freguesias.
O debate teve como base as seguintes questões: Quais os inconvenientes da União? A Meadela terá vantagens em separar-se? Santa Maria Maior e Monserrate terão vantagens?
Deste debate o que há a reter é que para desanexar a Meadela a lei obriga a que as três freguesias voltem a ser independentes, uma vez que não é possível separar apenas uma freguesia e manter as outras duas em união, o que vem naturalmente dificultar a decisão.
Foi considerado que esta União é contranatura, porque a Meadela nada tem a ver com as outras duas freguesias; Santa Maria Maior e Monserrate. A presidente, Dr.ª Helena Brito, frisou que nada melhorou e que a Meadela continuou com a especificidade de antes da União e naturalmente assim vai continuar. Foi referido também que para o poder político a Meadela nunca foi considerada freguesia da cidade.
Foi igualmente referido que a lei da desanexação não foi criada para facilitar, a que acresce o facto de não estar devidamente regulamentada, desconhecendo-se muitos aspetos para o caso da desanexação se vir a concretizar.
Foram avançados pelos presentes várias razões que justificam a desanexação da Meadela da União de Freguesias, sendo lembrada a luta efetuada para que a anexação não se verificasse e que relativamente a eventuais dificuldades com a desanexação.
Foi referido que a Meadela tem séculos de história e sempre foi capaz de vencer as dificuldades, pelo que não serão novos desafios que possam advir da eventual desanexação que vão impedir que se avance para essa situação.
A opinião mais realçada é de que se deveria dar início ao processo, pois se isso não for feito de nada servem estas auscultações, pelo que o processo deveria avançar e assim forçar o Governo a clarificar os aspetos da lei necessários ao processo e implementação da desanexação caso se venha a verificar.
A presidente da autarquia, Dr.ª Helena Brito, lembrou que para se avançar é necessário que um mínimo de sete membros da Assembleia dê início ao processo e que a Assembleia vote pela aprovação, por maioria simples, a desanexação, para que o processo avance para as fases seguintes.
Instalações sanitárias
A União de Freguesias informou que a Câmara Municipal vai mandar reparar os estragos causados pela queda de uma árvore que danificou as instalações sanitárias da Praia Fluvial da Argaçosa.
A União de Freguesias fez obras de beneficiação para tornar aquelas instalações mais funcionais na época balnear, visto que aquela área vai, no futuro, ser alvo de uma projeto de requalificação efetuado pela Câmara Municipal.