A Câmara de Viana do Castelo aprovou, por unanimidade, na última quinta-feira, em reunião de executivo, a aquisição do espólio e coleção editorial do nosso jornal, de 1855 até à atualidade, visando a “sua preservação”. O valor aprovado foi de 170 mil euros.
“Este é um património importante para Viana, mas também para o país”, referiu o autarca vianense. José Maria Costa deu conta, ainda, de que a autarquia também está a negociar a aquisição do edifício para a criação de um “Espaço Memória e Hemeroteca Municipal”.
“O jornal vai continuar. Esta proposta é de aquisição do espólio documental e a segunda proposta, que há de vir [a votação em reunião de Câmara], é a da aquisição do edifício para ser espaço Casa Memória do A Aurora do Lima e Hemeroteca”, observou o edil vianense. Neste momento, estão a decorrer as negociações para a aquisição do edifício.
“Acho que tem muito interesse, eles terem, por exemplo, o primeiro andar para fazer a edição, em regime de comodato; depois, quando as pessoas visitarem o espaço, podem ver como se faz o jornal hoje, com os computadores, e também a parte antiga”, acentuou.
Cláudia Marinho, vereadora da CDU, questionou sobre a responsabilidade pela edição e pelos postos de trabalho. José Maria Costa deixou claro que “não vamos comprar o jornal. O que vamos adquirir, por comum acordo, é a coleção”. O edil socialista reforçava que “não podemos, nem queremos, comprar jornais. Nós vamos transpor do domínio privado para o público o espólio para que fique preservado”.
A vereadora independente Paula Veiga informava que “não tenho nada a opor e concordo com qualquer aquisição de espólio relevante para o Município, porque faz parte da sua história e documentam-na. Ressalvo, apenas, um aspeto que considero importante; trata-se de uma instituição que exerce uma atividade específica, a de jornalismo, tal como outras instituições ao nível local, umas com mais história, outras com menos, mas que não deixam, por isso, de ser importantes no cenário regional”.
“Estamos a criar condições para que o jornal mais antigo do país possa continuar e garantir o seu património”, sublinhou, por sua vez, José Maria Costa.