Na tarde de quinta-feira, dia 22 de setembro, no Dia Europeu Sem Carros, a autarquia vianense encerrou, ao trânsito, parte da Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, mas permitiu a exposição de carros elétricos. Nas redes sociais e na rua eram muitos os que criticaram esta iniciativa.
“Acho mau tirar os carros da Avenida, porque quem tiver de fazer alguma coisa no comércio local tem de colocar o carro no parque e isso tem custos”, dizia Rafael Freixo. A morar em Carreço, critica o facto dos políticos fazerem pouco investimento nos transportes públicos, impedindo as pessoas de os utilizar. “[Hoje] tive de usar o carro, porque vivo em Carreço e infelizmente Portugal tem um défice muito grande de transportes públicos”.
Os comerciantes também sentiram os efeitos da Avenida encerrada ao trânsito. Vítor Viana, funcionário do talho Carnes Meireles, dizia: “para nós é um pouco prejudicial [a Avenida estar encerrada ao trânsito], porque bloqueia as passagens”. Nesse dia, muitos fornecedores optaram por “não fazer as entregas” e os “clientes também não vêm como habitualmente”.
Rosa Rego considerava que a Avenida fica “mais calma”, contudo, “não gosto de a ver sem carros”. Já João Brás, reformado e morador na Avenida, manifestava que “para mim é positivo, porque não há poluição”. Enquanto estava sentado num banco de pedra, confessava: “posso estar aqui sentado e não há motos, nem carros. Como é só um dia, não há problema e para mim é benéfico”.
Ao final da tarde, o coletivo Bici Mario Fone fez uma demonstração de teatro de rua e foi também apresentado, no Largo da Estação de Comboios, o espetáculo de dança “Lethes em Bruto”.
A iniciativa inseriu-se na Semana Europeia da Mobilidade, dinamizada pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, que decorreu de 16 a 22 de setembro.