Bispo de Viana apela à paz em Fátima

No dia 13 de julho, D. João Lavrador, celebrou missa de encerramento da peregrinação de 12 e 13 de julho, e alerta para sentimentos de hostilidade, desprezo, desconfiança, ódios raciais e preconceitos ideológicos que dividem os homens. E alerta para a “particular responsabilidade” dos cristãos na construção da paz.

A paz continua a ser um dos problemas “mais urgentes da cultura dos nossos tempos”, seja do ponto de vista do relacionamento entre países seja entre os homens.

“Na verdade, como se nada tivesse mudado, de há um século até hoje, a humanidade continua a viver numa ameaça permanente de guerra, de conflito, de violência e de destruição” afirmou o bispo de Viana do Castelo na homilia da Missa Internacional da Peregrinação de julho, que evoca a terceira aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos.

“A Paz continua como um dos problemas mais urgentes na cultura dos nossos tempos” enfatizou destacando as “dores e angústias” derivadas da guerra ou da sua ameaça, “das hostilidades, do desprezo e desconfiança, dos ódios raciais e dos preconceitos ideológicos” que dividem os homens e os opõem uns aos outros.

Diante de milhares de peregrinos, que apesar do calor participaram nesta peregrinação, D. João Lavrador apelou à “responsabilidade particular” dos cristãos a serem “arautos e construtores da paz” numa sociedade em que “o requinte das possibilidades de destruição a que nos levou a tecnologia bélica coloca a humanidade perante a possibilidade da sua autodestruição”.

“Se nos preocupa a paz a nível mundial, não é menos importante reconhecermos e atuarmos nos contextos de vida onde se move a nossa existência, na família, nos vizinhos, nas associações, nas empresas, nas escolas e universidades, na participação politica e cívica” afirmou ainda ao lembrar que a “paz é um dom e uma tarefa”.

A partir da narrativa das Aparições, em especial da terceira que ocorreu em julho, D. João Lavrador lembrou as palavras de Nossa Senhora aos três videntes, quando apelou à conversão, à oração e ao sacrifício para se alcançar a paz.

“É um forte apelo que terá de ressoar hoje como apelo à conversão do coração de cada pessoa, de cada comunidade, sociedade, povo e nação; à conversão da mente e da vontade de quem tem o dever de orientar os povos pelas sendas da paz”.

“Todos nós temos de reformar o nosso coração, com os olhos postos no mundo inteiro e naquelas tarefas que podemos realizar juntos para o progresso da humanidade”, afirmou.

“Imploro de Nossa Senhora do Rosário de Fátima que abençoe todos os povos fustigados pela guerra, nomeadamente o povo irmão da Ucrânia, e nos desperte para sermos missionários da Esperança e da alegria” concluiu.

Durante a celebração foram feitas várias referências à guerra que grassa na Europa, opondo a Rússia à Ucrânia e afetando globalmente o mundo inteiro,  e foi igualmente, referida, a situação de fogos que atravessam o país e o mundo.

Proclamou na Oração dos Fieis pelas “vítimas dos incêndios que assolam o nosso país e outras regiões do mundo e por todos os que estão empenhados em os combater: os bombeiros, a Proteção Civil e os voluntários… Para que sintam o apoio da nossa solidariedade e da nossa oração, e todos em conjunto possamos agir de modo responsável na prevenção dos fogos, Oremos”.

Foto: Santuário de Fátima

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