Bombeiros dizem “estar à margem”

O presidente da Federação de Bombeiros do distrito de Viana do Castelo, Germano Amorim, disse, há dias, que os operacionais da região “sentem-se completamente à margem de tudo”, sendo considerados como os “criados do sistema”.

A posição, assumida em comunicado enviado às redações, relaciona-se com a quinta edição das jornadas internacionais sobre fogos florestais – Alto Minho Firecamp, que decorreram no concelho de Arcos de Valdevez, promovidas pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, que agrega os 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo.

Na nota enviada à imprensa, Germano Amorim afirmou ter pedido esclarecimentos, por escrito, ao presidente da CIM Alto Minho, Manoel Batista, sobre aquela ação, nomeadamente relacionados com a ausência de bombeiros entre os palestrantes nas jornadas, sobre os custos do certame, entre outras matérias.

Segundo o responsável, a missiva, enviada no dia 02, “não mereceu qualquer reação por parte da CIM Alto Minho”.

“Sentimo-nos cada vez mais completamente à margem de tudo. Somos efetivamente os criados do sistema e sem que ninguém se digne sequer a dar-nos respostas adequadas ao que quer que seja”, sustentou o presidente da federação, com sede em Arcos de Valdevez.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da CIM, Manoel Batista, disse que as críticas do presidente da Federação dos Bombeiros do distrito de Viana do Castelo “não merecem resposta” e, escusou-se, “neste momento”, a explicar as razões que o levaram a não responder à carta de Germano Amorim.

Sobre as jornadas, o autarca socialista referiu tratar-se de uma iniciativa que a CIM do Alto Minho promove desde 2013, que reúne “especialistas na área da prevenção e do combate a incêndios de todo o país e internacionais”.

A edição deste ano conta com uma participação de cerca de 400 pessoas, entre “inúmeras corporações de bombeiros de todo o distrito e, de todo o país”.  

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