Caso para intervenção da proteção civil

De quem será, quando será, é que será de quem é? Precisamente, hoje deu-me o ensejo para iniciar a abordagem do tema que descrevo, em estilo paralelo e parafraseando o grande poeta que disse: “o que for, quando for, é que será o que é”.

Pois bem, o dito ensejo vem a propósito do efeito causado pelo vendaval que em Carreço foi sentido em meados do mês de fevereiro, portanto já passaram mais de dois meses. O referido vendaval derrubou um eucalipto de grande porte, um derrube como tantos outros que acontecem, em especial no mês do ano mais propenso a esta e outras alterações e fenómenos meteorológicos. Como em tudo na vida existem os distintos e os ignorados e a provar isso mesmo está este senhor eucalipto que é um distinto eucalipto.

Muito bem, sem mais delongas eis o assunto: foi em fevereiro, mais ou menos a meados, neste ano de 2021, estamos no séc. XXI, portanto já lá vão mais de dois meses, aconteceu em Carreço, no lugar de Paçô, no sítio da Malhadeira, precisamente na confluência da rua da Malhadeira e o caminho que nos leva para a zona florestal das Borrocas, um senhor eucalipto foi arrancado pelo vento, tudo normal até aqui, mas o dito caiu em cima de um depósito de abastecimento público de água, pertença da AdAM (Águas do Alto Minho), porém como se não bastasse e tratando-se de um senhor e distinto eucalipto, o mesmo na queda trancou totalmente o trânsito no caminho florestal atrás referenciado, qual passagem de nível com guarda.

Atendendo às características deste acidente, o que importa para o bem público é a desobstrução da via pública e nada mais. Mas só pelo simples facto de estarmos na presença de um caminho florestal não pode ser visto com menor interesse na resolução do problema e relegado para os confins do tempo. É importante isso sim, ser desobstruído, pois é um caminho de utilidade florestal, até porque os proprietários querem abastecer-se de lenha para o inverno e por tal pedem que seja desobstruído.

Ao que consta no burgo e para aquilatação do problema, o dito eucalipto não tem dono, a AdAM parece que se dá bem com o pau nas costas e deve querer a respetiva indeminização e o “Zé” quer ir à lenha, mas não pode.

Ora digam-nos lá senhores deste imbróglio, se o incêndio florestal, que entretanto deflagrou na freguesia, tivesse sido para estas bandas, com certeza este caso já estaria resolvido, que já tem longas barbas. Digam-nos, sem ou com complexos de culpa, mas digam-nos, porque nós dizemos com toda a franqueza, já parece mal durante tanto tempo o ilustre eucalipto deitado, isto para ser comedido e não querer empregar termos mais adequados.

Resumindo ao estilo de conclusão, esta história aguarda um final feliz e quanto a nós apenas descortinamos uma solução imediata e eficaz para que tal aconteça e se diga como começa-mos; de quem será, quando será, é que será de quem é…o eucalipto. Neste caso tendo em linha de conta o tempo já decorrido sem se mexer uma palha, quanto mais um eucalipto, pedimos a rápida intervenção da Proteção Civil, uma vez que é de sua competência “apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas afetadas por acidente grave ou catástrofe” e assim, dar a operacionalidade desejada ao caminho florestal em causa, a bem de todos e de cada um, na certeza que a nossa comunidade agradece.

Item adicionado ao carrinho.
0 itens - 0.00

Ainda não é assinante?

Ao tornar-se assinante está a fortalecer a imprensa regional, garantindo a sua
independência.