CDU faz balanço e atribui 3, 5 ao executivo camarário

A anunciada constituição das Águas do Alto Minho e adesão de Viana do Castelo é o facto negativo mais relevante para os eleitos da CDU/PCP relativamente ao 1º ano do atual mandato autárquico municipal. A vereadora Cláudia Marinho atribui, no entanto, uma nota de 3, 5 (numa escala de 0 a 5) ao trabalho camarário.

Em conferência de Imprensa realizado nas instalações de Viana do Castelo, Cláudia Marinho, acompanhada por Filipe Vintém e Manuel Moreira, considera que, a concretizar-se, será algo que, a médio prazo, será sentido por todos os munícipes, já que se trata de um negócio, que, considera, mais cedo ou mais tarde, abrirá o caminho para a privatização de serviços e infraestruturas municipais das águas, com mais despesas para os munícipes e incerteza para os trabalhadores.

Nesse sentido, interroga o edil José Maria Costa. “Por que é que sendo um ‘negócio’ assim tão bom para a comunidade vianense, como este refere na defesa da sua criação, este não o usou durante a sua Campanha eleitoral e nunca o referiu no seu programa?”. Se, em vez das Águas de Portugal virem a ter 51% do capital e os municípios os restantes 49%, a distribuição do capital social fosse ao contrário, a posição dos comunistas vianenses seria diferente.

A CDU – que tem um eleito na Câmara e três na Assembleia Municipal – também considera negativa a recente “aceitação da transferência de competências para o Município já em 2019, assumindo de bandeja o desconhecido, põe em risco serviços públicos e acarreta mais despesas para autarquia”.

Manifestada, também preocupação pelo facto dos trabalhadores municipais ainda não voltarem a ter 25 dias úteis de férias, único caso no distrito, retiradas nos tempos do Governo PSD/CDS. Criticado, também, a “falta de empenhamento” do presidente a Câmara no sentido de, sendo o Governo da mesma cor politica, o pressionar de forma a abolir o pórtico do Neiva da A28. Também negativa a ainda não retirada das placas de fibrocimento de edifícios da autarquia e bombeiros.

Como positivas, considerou a construção dos novos acessos ao porto de mar (com ligação ao nó da A28), a criação do Conselho Municipal da Juventude, a conclusão das obras na Rua Frei Bartolomeu dos Mártires (colocação de floreiras e pilaretes), a regularização dos 29 funcionários municipais com vínculos precários, a beneficiação da Linha do Minho (ferrovia), alguma obras na rede viária e a música nas pré-escolas.

Os eleitos desejam um melhor espaço de atendimento nos Paços do Concelho. Neste momento, a sala disponível é repartida com a oposição, cabendo à CDU o atendimento aos munícipes à quinta-feira. Até agora, já ali ocorreram 48 pessoas para as mais diversas solicitações, desde obras a questões sobre emprego e empresas.

Mostram-se, por outro lado, atentos às ações que estavam planeadas para 2018 e que não se concretizaram, como o do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), do início da empreitada da reconversão da Praça Viana, a abertura do Parque da Cidade, e as áreas de Reabilitação Urbana (ARU) da cidade Norte, ARU da cidade poente, ARU de Darque, a Passagem inferior de Carreço e Darque e o Plano de Intervenção em Espaço Rural (PIER) de Afife/Carreço/Areosa, obras constantemente adiadas.

Também foi sublinhado que se previram e não concretizaram a consolidação da ciclovia litoral que liga Caminha, Viana e Esposende, o portinho da Pedra Alta – Nova lota, conclusão do molhe do Cabedelo, a resolução da localização da Feira da Meadela – a Feira continua no mesmo espaço, que inicialmente era provisório, desde 2004, e obras desejadas e necessárias nos bairros sociais. Também questionam a existência do Plano Municipal de Segurança Rodoviária e a necessidade de melhorar a sinalização e iluminação das passadeiras existentes no concelho.

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