A CDU anunciou ontem, em conferência de imprensa, o início de uma campanha para reverter a criação da empresa Águas do Alto Minho (AdAM) e devolver a gestão das redes de água e saneamento aos municípios da região.
“A campanha tem o lema ‘Erros, desculpas, tarifas, mentiras. Basta. Recuperar a água como um bem público’. Além das redes sociais, haverá documentos para distribuir à população, cartazes, faixas, para ajudar na mobilização das pessoas”, afirmou Filipe Vintém.
O responsável da concelhia da CDU de Viana do Castelo explicava, aos jornalistas, que a campanha “visa criar condições para reversão” da constituição, em janeiro de 2020, da empresa de gestão das redes de abastecimento de água em baixa e de saneamento Águas do Alto Minho (AdAM).
“Passado um ano consideramos que se provaram todos os nossos piores receios quando denunciamos o que iria acontecer, desde as tarifas à forma como são tratados os consumidores”, frisou aquele responsável.
A CDU vai ainda disponibilizar “um simulador, uma aplicação na Internet, para que as pessoas possam verificar se as suas faturas têm erros ou não tem erros, se não estão a ser enganadas”. Filipe Vintém manifestava que “não é uma coisa oficial. É feita por nós, mas será mais um elemento para ajudar as pessoas a perceber a forma como é faturado o consumo de água“.
A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP)e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.