CDU volta a apresentar Celestino Ribeiro como cabeça de lista no Alto Minho

A CDU acaba de apresentar o seu cabeça de lista às eleições legislativas antecipadas do próximo 10 de março. Trata-se de Joaquim Celestino Ribeiro, professor, com 51 anos de idade e natural de Vila Praia de Âncora, que já se havia apresentado ao ato eleitoral de janeiro de 2022.

A apresentação decorreu hoje, já ao fim da tarde, nos Antigos Paços do Concelho, à Praça da República, em Viana do Castelo, na presença de militantes e simpatizantes. Entre eles, Cláudia Marinho, vereadora na Câmara Municipal de Viana do Castelo, e Jaime Toga, do comité central do PCP.

Na ocasião, Celestino Ribeiro interviu para acusar o PS de não ter querido qualquer entendimento do PCP, quando pôs fim Governo conhecido como da “geringonça”, para defender os interesses do “grande capital” e acentuar ainda mais as diferenças entre os mais ricos e os mais pobres. Isto num país em que 15% da riqueza nacional está, segundo os últimos números, lembrou, nas mãos de 10% dos mais ricos.

O candidato enfatizou a degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com o apoio do PSD, CDS, IL e Chega que, considerou, querem o fim deste para enriquecer mais o setor privado. Nesse sentido, falou da situação que se tem verificado no Alto Minho, a nível de meios humanos e materiais.

Lembrou, nesse âmbito, os deputados do PS e PSD eleitos pela região que, disse, têm duas caras, uma no Alto Minho e outra quando votam na Assembleia da República contra os interesses desta região. Aludiu, nomeadamente, ao voto contra a proposta do PCP sofre o fim das portagens na A28, à degradação do parque escolar, nomeadamente com o fecho de escolas e falta de investimento na Educação, da assistência médica na região, designadamente contra a radioterapia na ULSAM, da situação “imoral” que se passa na habitação, com a especulação imobiliária e a alta das taxas de juro ao mesmo tempo que os bancos lucram, diariamente, cerca de 12 milhões de euros.

Garantiu, ainda, que um voto na CDU é um voto na defesa do Alto Minho e do país, na defesa dos mais vulneráveis e na igualdade de oportunidades, pois trata-se, acrescentou, de uma força política que representa os trabalhadores e os mais carenciados e de que tem dado provas de merecer a sua confiança.

Antes, Jaime Toga tinha intervido no mesmo sentido, asseverando que PS, PSD, CDS, IL e Chega têm convergido sempre nas grandes questões de fundo, recusando a hipótese da CDU ser “bengala” do PS. Nesse sentido, defendeu que têm de ser definidas bem as questões de direita e esquerda política, defendendo ser errado defender que esta passa pela bipolarização entre PS e PSD.

Cláudia Marinho também realçou a importância do voto da CDU para a defesa dos interesses dos trabalhadores, que vivem num cada vez maior sufoco financeiro, o aumento das desigualdades e da falta de investimento no serviço público de Saúde e na escola pública. Apontou as provas dadas pela CDU no Alto Minho,designadamente na Câmara Municipal de Viana do Castelo, na presidência da União de Freguesias de Viana do Castelo, das juntas de Darque e Vilar de Mouros e no trabalho dos seus representantes nas assembleias municipais de Viana do Castelo, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Ponte de Lima, Paredes de Coura e Caminha. Falou mesmo na “chieira” que têm em defender a sua terra e os seus habitantes.

Entretanto, a definição dos restantes elementos da lista da CDU pelo distrito de Viana do Castelo deverá ser definida em janeiro.

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