Ao final da tarde de ontem, o Centro de Estudos Regionais (CER) convidou uma investigadora da Universidade do Minho para apresentar um estudo sobre as mulheres do mar e da terra do Alto Minho.
Sara Pinto referia que o “Alto Minho é marcado por várias áreas. Temos o mar, o rio e a fronteira”. A investigadora manifestava a importância do rio Minho para as relações de fronteira. “O rio Minho era muito mais um motivo de ligação do que uma barreira”, assegurava, dando conta da navegabilidade do mesmo no século XV.
“A mulher do séc.XVI está sempre em trabalho”, dizia Sara Pinto, contrariando algumas correntes que afirmam que as mulheres entraram no mercado do trabalho apenas por alturas da Primeira Guerra Mundial. “Se os homens estão no mar, são as mulheres que assumem os negócios em terra”, frisava. Adiantando que “no séc. XVI e XVII, as mulheres assumiam os negócios”.
Com a ajuda de Raul Brandão e Maria Lamas, Sara Pinto apresentou vários documentos sobre os papéis desempenhados pelas mulheres na história e na região.