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oncertos, conferências e masterclasses integram a 3.ª edição do Ciclo de Órgão de Viana do Castelo que decorre entre o próximo dia 30 deste mês e 21 de outubro. A organização é do Secretariado da Liturgia da Diocese, com o apoio de entidades como a Academia de Música (ARTEAM) e da Câmara Municipal que contribui com 30 mil euros e apoio logístico.
O evento foi apresentado, esta semana, na igreja da Caridade com a presença, entre outros, do edil de Viana do Castelo, do Bispo da Diocese, do provedor da Misericórdia e do presidente da Congregação da Caridade.
No total, são sete igrejas de Viana do Castelo que recebem a iniciativa: Carmo, Serreleis, S. Domingos, Caridade, Areosa, Misericórdia e Sé Catedral, com concertos e masterclasses de entrada gratuita. O evento incorpora um encontro de organistas, um concerto pedagógico e um concerto coral e tem como objetivo principal valorizar o órgão de tubos, alguns com perto de 200 anos, e a necessidade do seu restauro .
Assim, está previsto no dia 30 de setembro, sábado, um encontro de organistas na Igreja de Serreleis e o concerto “A música para órgão no tempo de Mozart” com Daniel Sousa e Viana D’Arcos na Igreja do Carmo. No dia 01 de outubro, decorre um concerto pedagógico, dirigido especialmente às crianças, na Igreja de S. Domingos com Inês Machado, no dia 04 de outubro, a igreja da caridade acolhe um concerto coral e, a 05 de outubro, está previsto um painel sobre restauro e valorização dos órgãos de tubos no auditório Paulo VI (Darque) e ainda “A arte da improvisação” na Igreja de Serreleis com Jonathan Ayerst.
Na igreja da Areosa, no dia 06 de outubro, Daniel Oliveira e Carolina Figueiredo apresentam “Paisagens Sonoras do primeiro barroco italiano e suas influências” e no dia seguinte, há mais um concerto na Igreja da Misericórdia “Em busca das sonoridades”. A Sé Catedral recebe “Celebrar Maria com música de Ferreira dos Santos” e, para finalizar o programa, está agendado a 21 de outubro um workshop para pianistas na Academia de Música de Viana do Castelo.
De acordo com o padre Tiago Rodrigues, do Secretariado da Liturgia, existem cerca de 22 órgãos em todo o concelho de Viana do Castelo, mas só cinco estão em plenas condições de funcionamento, além do de S. Romão de Neiva.Apelando à mobilização e sensibilização de todos para o evento, assinalou que este tem promovido a música e o património organístico do concelho, defendendo o alargamento da rede de órgãos de tubos na região.
O Bispo da Diocese, D. João Lavrador sublinhou que, embora a propriedade dos órgãos seja privada, ela é sempre um bem público pelo que apelou para que seja zelado o património público e a sua identidade, que vai muito além da identidade religiosa, defendendo também o investimento na sua preservação.
O edil Luís Nobre destacou que o património mobiliário vai além do religioso e, nesse sentido, enfatizou a sensibilidade, para esta questão, do prelado da diocese de Viana do Castelo. Defendeu, ainda, o alargamento da rede de órgãos de tubos, “dando condições para que estes estejam disponíveis para todos”.
Lar da Caridade
com menos capacidade
António Morgado, presidente da Congregação da Caridade, explicou a situação da instituição que, nos últimos dois anos, teve resultados negativos.
Para tal fator terá contribuído, disse, o facto de ter sido obrigada, pela Segurança Social, a diminuir a capacidade de 150 para 120 utentes, mas a Instituição decidiu, por sensibilidade social, manter o mesmo número de pessoas no quadro.
Tal circunstância implicou que os seus recursos financeiros tivessem de obedecer a prioridades, o que implicou que ainda não fosse reparado o órgão da igreja da mesma, cujo orçamento esta estimado em 50 mil euros.
Bispo em encontro sob sustentabilidade ambiental
O bispo de Viana do Castelo vai participar no encontro ‘Sustentabilidade ambiental: Que desafios nos lança o Papa Francisco?’, no próximo dia 20, quarta-feira, pelas 21h, na Biblioteca Municipal.
O Papa Francisco publicou a sua encíclica ‘Laudato si’, um documento social e ecológico, em 2015, e anunciou que vai publicar uma segunda parte deste documento, que é uma “revisão do que aconteceu desde a COP de Paris, talvez a mais frutífera”, no dia 4 de outubro; A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas na capital francesa, a COP 21, também se realizou em 2015.
O Vaticano, em 2020 (18 junho), cinco anos após a publicação da encíclica ‘Laudato si’, apresentou um “manual” de aplicação desse documento, com mais de 200 recomendações em defesa do ambiente e da vida humana.