Cidades do Eixo Atlântico disponíveis para receber refugiados ucranianos

Vinte e dois dos 39 municípios da Galiza e do Norte de Portugal que compõem o Eixo Atlântico já manifestaram disponibilidade para colaborar no acolhimento de refugiados ucranianos.

O Eixo Atlântico, segundo a Lusa, anunciou esta quarta-feira que vai coordenar uma resposta conjunta de acolhimento de refugiados ucranianos, tendo, até ao momento, 22 dos 39 municípios da Galiza e do Norte de Portugal que compõem aquela entidade manifestado disponibilidade para colaborar.

Numa conferência de imprensa online esta manhã, a recém-empossada presidente do Eixo Atlântico, Lara Méndez, disse estar, contudo, convencida que o número de concelhos que manifestaram vontade de integrar esta rede – 22 até às 12h – será maior nos próximos dias.

Considerando “inaceitável” a “opressão russa” ao povo ucraniano e classificando a ofensiva militar naquele país como um ataque à democracia, a autarca defendeu que respostas coordenadas, como a que está a ser operacionalizada pelo Eixo Atlântico, são importantes para evitar o “colapso” em zonas de fronteira, onde o número de refugiados cresce de dia para dia.

Lembrando a ligação entre a Ucrânia e as cidades do Eixo Atlântico, onde vive um elevado número de ucranianos, a também autarca de Lugo, na Galiza, indicou que serão contactadas as embaixadas ucranianas em Portugal e em Espanha, bem como os primeiros-ministros de Espanha, Pedro Sánchez, e de Portugal, António Costa, para os informar da vontade das cidades com capacidade para receber refugiados.

Laura Méndez salientou que o que se pretende é uma resposta administrativa concertada por forma a garantir o acolhimentohumanitário dos refugiados, mas escusou-se, contudo, a indicar qual a capacidade instalada para receber os cidadãos ucranianos.

Disse que a resposta será disponibilizada à medida das necessidades e que, para além do alojamento, vai trabalhar-se nas questões da inserção laboral, do apoio social e da formação.

Considerando a ofensiva militar Rússia uma “reprodução” do ataque lançado por Adolf Hitler, também o secretário-geral do Eixo Atlântico, Xóan Mao, defendeu que estas respostas humanitárias são urgentes para travar o colapso das fronteiras, por considerar que a situação se arrastará no tempo.

Xóan Mao reforçou a ideia de que nos próximos dias mais cidades do Eixo Atlântico se irão juntar a esta iniciativa, que começou a ser operacionalizada há dias e que foi afetada de alguma forma pelo Carnaval (terça-feira).

Reiterou também as informações já adiantadas por Laura Méndez, indicando que em função das necessidades e do perfil dos refugiados serão encontradas respostas, designadamente através dos concelhos, instituições religiosas, governos centrais, entre outros.

O objetivo, disse o secretário-geral do Eixo Atlântico, é acolher o maior número de pessoas.

Foto: CNN Portugal

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