No próximo dia 26 decorrem as eleições autárquicas e Viana do Castelo irá eleger um novo presidente de Câmara. São oito as candidaturas. A AURORA DO LIMA quis saber qual a perspetiva de cada uma sobre o concelho. As perguntas foram idênticas para todos: 1. Que avaliação faz do desempenho do atual executivo camarário? 2. O que mais o preocupa na atual situação do concelho, no que diz respeito ao desenvolvimento? 3. Nos últimos dados dos CENSOS verificámos que o concelho perdeu população. Qual a vossa medida para inverter esta situação? 4. Quais as principais prioridades da candidatura? 5. Se nenhuma candidatura obtiver a maioria dos mandatos no executivo, admite apoios/coligações? Com quem?
1. Não é a mim que me compete avaliar o trabalho dos outros, esse papel compete aos cidadãos Vianenses. Se estiverem insatisfeitos têm no próximo dia 26 de setembro o momento ideal para mudar, até porque existem alternativas na CDU. Tem sido a força política mais ativa no executivo camarário.
Este mandato ficará marcado negativamente pela concretização/adesão do Executivo de maioria PS à criação da Águas do Alto Minho (AdAM). Se tivesse aceite que 51% do capital ficasse para os municípios e não os 49%, a situação seria diferente. A atual também é fruto da “vassalagem” prestada por grande parte dos presidentes de junta.
Recentemente a aceitação da transferência de competências para o Município, também foi um aspeto menos positivo, pois coloca-se em risco serviços públicos e que, num futuro muito próximo, irá acarretar mais despesas para autarquia.
2. Temos de englobar os aspetos que compõem este efetivo desenvolvimento: habitação; mobilidade; espaços verdes; diversão diurna e noturna; trabalho com direitos e permanente; diversidade cultural; educação; apoio a pequenos e micro empresários.
O desenvolvimento também deverá passar pela envolvência dos cidadãos, através da participação cívica ou em reuniões de câmara, assembleias de freguesia e assembleia municipal.
A programação cultural deveria ser mais contínua e diversificada, indo ao encontro de várias gerações. Deveríamos ter um museu do mar com toda a história que nos caracteriza. A habitação deveria de ser mais acessível e controlada/regulada pelo município. Aposta no ensino superior e profissional, valorizando o que temos com mais investimento e proporcionando mais oferta.
3. Respostas com qualidade e dignidade ao nível do emprego; responder às necessidades da população ao nível dos transportes públicos; habitação a custos controlados; diversificação da oferta cultural; promoção ou incentivo de projetos inovadores; um programa de apoio à 1ª instalação para jovens empresários; (…) Trabalhar a parte de diversão noturna como respostas essenciais para os mais e menos jovens; criar o museu do mar; fomentar a atividade piscatória (…); abolir as portagens na A28; fomentar o uso da ferrovia e das ciclovias; ouvir as pessoas e conhecer de perto as suas necessidades.
4. Em traços gerais, algumas medidas: Reversão da empresa AdAM. Repor no município o que é dos munícipes, a água! Aposta num sistema eficaz de transportes públicos permanentes com ligações de todas as freguesias ao centro do concelho e aos pólos industriais;
Apoio ao arrendamento e um programa municipal de habitação; espaços verdes e lazer nas freguesias, valorizando as zonas fluviais e as de monte; incentivar projetos inovadores que criem emprego de qualidade e com direitos; área do desporto com apoio logístico e financeiro transparente e equitativo às coletividades, construção de um centro de treino para desportos da natureza, trail e trial bike; dinamizador cultural/animador cultural nos quadros técnicos, pois este trabalho deverá abranger uma panóplia de artes. Diversidade geracional na programação dos espetáculos culturais. Nos bairros sociais, criação de postos de atendimento permanentes que assegurem que quem lá vive é ator/atriz principal na sua mudança.
5. Em maioria ou em minoria, a CDU estará sempre disponível para aprovar medidas positivas e bater-se-á sempre contra medidas contrárias aos interesses de Viana do Castelo e dos Vianenses. Certo é que não faremos coligações.