A Polícia Judiciária está a investigar a origem do incêndio que, na madrugada da última quinta-feira, dia 03, destruiu “totalmente” a viatura do comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Viana do Castelo, referiu fonte da PSP.
Contactado pela Lusa, o comando distrital da PSP de Viana do Castelo informou que a PJ foi acionada por suspeita de fogo posto, reportada pela proprietária do veículo, mulher do comandante António Cruz, aos agentes policiais que se deslocaram ao local.
Segundo o seu testemunho, o incêndio poderá estar relacionado com o caso de alegado assédio moral aos bombeiros da corporação, em que é visado o marido.
Na altura, a viatura encontrava-se estacionada em frente da residência da família, na União de Freguesias de Viana do Castelo.
Fonte da PJ de Braga adiantou à Lusa “estarem a decorrer diligências para apurar se se tratou de fogo doloso ou acidental”.
Contactado o comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores, António Cruz, este escusou-se a prestar declaração sobre o sucedido.
De acordo com o comando distrital da PSP, o incêndio deflagrou “dentro do habitáculo da parte traseira” e “consumiu todo o seu interior”.
O alerta foi dado cerca das 03h55, sendo que o incêndio foi combatido por seis homens e duas viaturas da Companhia de Bombeiros Sapadores.
Além do fogo que consumiu a viatura de António Cruz, o carro do subchefe de primeira divisão dos bombeiros sapadores foi também danificado na madrugada do mesmo dia, junto à sua residência em Santa Marta de Portuzelo.
Fonte da GNR disse à Lusa disse que o caso foi reportado às 03h59 e que a queixa vai ser formalizada pelo ofendido na sexta-feira.
A viatura ficou “com vidros partidos”, tendo sido utilizadas “pedras”.
A mesma fonte daquela força policial adiantou tratar-se do terceiro caso de danos na viatura do subchefe. Nos casos anteriores, em setembro e dezembro de 2021, foram formalizadas queixas.
Já o presidente da Câmara de Viana do Castelo disse ter sido informado destas situações, mas escusou-se a prestar declarações por estarem sob investigação.
Em fevereiro, Luís Nobre apontou que no dia 23 haveria a conclusão do inquérito sobre o caso de alegado assédio moral por parte do comandante da companhia de sapadores aos bombeiros da corporação.
O autarca disse que a investigação está a inquirir os 60 bombeiros da corporaçãoAdiantou que a primeira queixa relativa a assédio moral na corporação deu origem a um processo de averiguações, que veio a ser arquivado porque o queixoso, quando instado a apresentar a sua versão dos factos, não respondeu. Em agosto 2021, foi aberto novo processo de averiguações.