Lembremos que, conforme noticiamos na última edição, dois tetranetos do engenheiro Gustave Eiffel vão marcar presença, este sábado, dia 30, nas comemorações dos 140 anos da Ponte Eiffel.
As comemorações acontecem no Teatro Sá de Miranda, iniciando pelas 10h00 com uma sessão de abertura e, às 10h30, será promovida uma mesa Redonda sobre a Ponte Eiffel. Segue-se uma dramatização, pelo CDV, sobre a inauguração da mesma e a apresentação de um livro
Às 11h30, o Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana vai promover a reconstituição de episódios relativos à abertura da Ponte Eiffel e, logo depois, será apresentado o livro “A travessia do Rio Lima em Viana do Castelo: Nos 140 anos da Ponte Eiffel”, da autoria de Rui A. Faria Viana, e edição do bilhete postal alusivo à efeméride. Segue-se um encontro com a presença do ministro da Cultura, Castro Mendes. Às 12h30 será descerrada uma placa na Ponte Eiffel.
A estrutura, criada pelo engenheiro Gustave Eiffel, é um símbolo da arquitetura do ferro em Portugal, mede cerca de 645 metros de comprimento e foi considerada, na altura, uma obra monumental. É composta por dois tabuleiros metálicos, sendo o superior rodoviário, para trânsito automóvel e pedestre, e o inferior ferroviário, que tem uma extensão de 562 metros e oito metros de largura. Inaugurada em 1878, a ponte metálica sobre o Rio Lima foi desenhada pela Casa Eiffel de Paris e substituiu a ponte em madeira que ligava o então terreiro de São Bento à margem esquerda do rio Lima, junto à capela de São Lourenço, na freguesia de Darque. A empresa de Gustave Eiffel também foi encarregue da construção, que foi dirigida pelos engenheiros João Matos e Boaventura Vieira. As obras começaram em março de 1877 e foram concluídas em maio do ano seguinte. A 30 de junho de 1878 foi inaugurado o troço ferroviário entre Darque e Caminha.
O Cortejo Histórico e Etnográfico da Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia vai, este ano, ter como tema central os 140 anos da Ponte Eiffel. Este envolve sempre quase três mil figurantes e o objetivo é mostrar o impacto que o “cavalo de ferro” (comboio) representou, naquela altura, para a cidade e para a romaria.