Concelho acolhe perto de 80 nacionalidades

Tal como aconteceu no resto do país, com a crise económica de 2008, o concelho de Viana do Castelo foi perdendo, não só população autóctone, por via da emigração jovem rumo a outros países da Europa, mais atrativos em termos de condições laborais e salariais, como também pelo retorno de alguns imigrantes aqui residentes para os seus países de origem ou outros países europeus.

No entanto, a partir de 2014, o concelho de Viana do Castelo, seguindo a tendência do que se verificava no resto do país, começou a evidenciar um aumento gradual do volume de imigrantes. Segundo os dados do INE, em 2016 residiam no concelho 1 114 migrantes de 63 nacionalidades, dos quais 640 eram oriundos de países terceiros, sendo as cinco comunidades mais representativas no concelho a brasileira, a ucraniana, a chinesa, a cabo-verdiana e a angolana.

Em 2018 (SEF, 2018), já se contabilizavam 1 480 imigrantes no concelho, de 73 nacionalidades, dos quais 887 Nacionais de Países Terceiros (NPT), oriundos do Brasil, Ucrânia, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e China e em 2019 verificou-se um aumento de 25,7% (1 992) de imigrantes, em relação a 2018, de 79 nacionalidades, sendo que, destes, 1 334 são NPT.

De referir, também, que o concelho começa a apresentar-se como um interessante território de destino, motivado por um conjunto de razões que o tornam atrativo para um leque variado de pessoas, nomeadamente: i) a evolução do perfil económico do concelho que nos últimos anos viu crescer o investimento no seu tecido industrial nomeadamente na área da energia eólica e da indústria naval, com a implantação de novas indústrias distribuídas por três polos industriais. ii) a oferta formativa disponibilizada pelo Instituto Politécnico e também pelo ensino profissional que atraiu, sobretudo, jovens africanos dos países de língua portuguesa, principalmente de S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné Bissau; iii) a emergência de algumas vantagens fiscais destinada a residentes não habituais, que se mostrou bastante apelativa nomeadamente para cidadão europeus reformados. Há que referir, ainda, os imigrantes que, cumprindo os critérios de reagrupamento familiar, são também contabilizados neste crescente aumento no concelho, nomeadamente os imigrantes oriundos da Venezuela.

Assim, face um significativo aumento da imigração, que configura novos perfis, ficou evidente a necessidade de se estruturar uma política local no sentido de se assegurarem as condições de integração dos imigrantes na comunidade, tendo o Município assumido um papel fundamental na integração desta população. Para o efeito, desde 2015, em resultado de sucessivas candidaturas ao Fundo para o Asilo a Integração e as Migrações (FAMI), tem vindo a conceber e implementar os Planos Municipais para a Integração de Migrantes

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