Confeção dos Tapetes na Ribeira já iniciou

Pouco depois das 22h30, algumas ruas da Ribeira iniciam a confecção dos tapetes de sal e flores para amanhã, depois da Procissão ao Mar os integrantes passem e pisem os tapetes.

Miguel Lima tem 32 anos e é o responsável do grupo da rua Góis Pinto. Reconhece a importância de perpetuar o legado familiar. “Já a minha avó fazia e agora a minha sobrinha que cumpre este ano 18 anos já está a seguir as pisadas”, refere o vianense.

“Há gente que recebe heranças de casas, eu recebi os tapetes. A minha avó iniciou à 50 anos, depois passou para as minhas tias, minha mãe e agora eu”, conta.

Miguel Lima lidera um grupo de 60 pessoas, que toda a noite vai prestar homenagem à loiça da primeira fábrica de Viana, que se localizava em Darque e ao centenário do Museu de Artes Decorativas.

Ana Cunha, tem 22 anos, e participa na feitura dos tapetes desde 2014. “Acho que nós temos de dar continuidade à geração. Se os nossos pais e avós faziam compete-nos a nós dar continuidade”, refere. Argumentando que “vamos estar aqui toda a noite. É um trabalho bonito, divertido. É a nossa cultura”, frisa.

Maria, com 64 anos, já participa na confeção dos tapetes há muitos anos. “Nas minhas veias corre o sangue da Ribeira”, salienta. Acrescentando que “só com a ajuda de todos é possível fazer este trabalho”.

Este ano o tema é a Loiça de Viana e muitas das ruas escolheram este motivo para embelezar os espaços.

Toda a noite, as gentes da Ribeira e amigos vão embelezar cinco ruas, um largo e a Alameda da igreja da Senhora d’Agonia para na manhã de dia 20 de agosto estar tudo pronto para receber a Procissão.

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