Conversas sobre a valorização económica do Vinho

último dia 24, um ciclo de tertúlias/conferências em que pretende abordar a colocação em valor de recursos do território do Alto Minho e da Região Norte, tendo a cultura como um dos recursos a que não estamos habituados a relevar como valorizável. Inclui nos recursos culturais o vinho e as suas manifestações de tradição e inovação, não o tratando apenas como produto económico ou gastronómico, mas como produto cultural capaz de captar o interesse turístico.

Uma das razões de diferenciação do vinho como produto turístico tem a ver com a forma de o produzir, o impacto diferenciador da paisagem, como acontece com o Douro, onde além da paisagem vemos os barcos-hotel – que os estaleiros de Viana reconstroem e constroem – como centro de cruzeiros que atraem turistas e visitantes de todo mundo.
Mas o vinho será sempre o vinho e foi também por isso que o Fórum Vianense convidou o diretor de Enologia da Gran Cruz- Porto, José Manuel Sousa Soares, para apresentar, na Casa Melo Alvim, a maior empresa exportadora de vinho do Porto com 10 milhões de garrafas vendidas em mais de 50 países no mundo.

Teresa Mota, antiga diretora da Estação Vitivinícola Amândio Galhano, moderou a tertúlia e apresentou o conferencista, que no início da sua carreira profissional também foi técnico da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

A Gran Cruz é uma empresa ainda pouco conhecida em Portugal. Trata-se de uma multinacional de origem francesa, sucedendo à casa Assunção e Filhos, fundada em 1887, herdeira de um conhecimento especializado na produção dos vários tipos de vinho do Porto.
O objetivo da equipa técnica é potenciar a diferenciação e a excelência desta terra, a partir da sua diversidade de altitudes, exposições, idade das vinhas, densidade de plantação, variedade de castas e sistemas de condução.

Com estas condições, tornou-se também produtora de vinhos de mesa do Douro. No evento que o Fórum Vianense promoveu, o engenheiro Sousa Soares, além de contar a história da empresa e dos seus vinhos, trouxe sete vinhos para provar: cinco de mesa – dois brancos – “Malvasia Fina” e “Viosinho” – e três tintos – “Touriga Nacional”, “Touriga Franca” e “Blend Tinto” e dois porto “Dalva Tawny Reserva” e “Ventuzelo LBV Port – 2014”.

Após o momento musical inicial, executado pela Escola Profissional Artística do Alto Minho, 50 afortunados (a lotação da sala da Casa Melo Alvim não permitia mais, já que a organização disponibilizou um copo para cada vinho em prova e, dessa forma, se poder fazer comparações de aromas e sabores) puderam desfrutar de uma degustação de vinhos de excecional qualidade, que no caso dos vinhos DOP Douro são tidos pelo conferencista com “os seus filhos”.
F.

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