Sons Efémeros… Conceitos do Momento…
O cantar Viana do Castelo no finado das Festas da Cidade e do concelho, que já passaram e outras virão, espraia-se numa visão de proximidade, com o futuro, atentando ao rumo de novas metodologias para quebrar o quotidiano. Com as Festas das Rosas, em Maio, seguindo-se Meadela e Santa Marta e da Senhora d`Agonia, no mês de Agosto, termina, anualmente, o ciclo dos festejos mais importantes.
Muitas referências se aduzem na imprensa escrita e falada, cantando, sobremaneira, as belezas da urbe onde o lendário Lima vai alcançar o mar, num triângulo fascinador entre o oceano, o rio e a montanha. A capital do Alto-Minho é uma das cidades mais belas e antigas do litoral. Tem sido elogiada, atenta à sua topografia, que se ergue entre a paisagem aprazível e o viçoso verde plano da margem direita do formoso rio Lima e junto à sua foz, formando um amontoado pitoresco de casario, onde sobressaem, no meio antigo, misturado com o solarengo e o moderno, as silhuetas dos seus monumentos, que norteiam por todo o ambiente urbano do seu casco histórico.
A urbanografia de Viana-da-Foz-do-Lima marca pontos na origem dos tempos com o foral que D. Afonso III lhe outorgou, promovendo-a, a Vila. Os reis subsequentes confirmaram e até ampliaram. Culminou, em Janeiro, de 1848, através do Decreto-Real promulgado por D. Maria II, que elevou a povoação à categoria de cidade e adicionou o nome do seu castelo. Mas esta terra minhota de verdejantes lances de vista e florida, desde os Helenos aos Gregos, que as suas belezas, através de séculos, sem fim, continuaram a ser entoadas numa estrofe de músicas que têm vindo a desafiar o mundo, atentas as suas vicissitudes, na esteira da crise que afecta gerações e políticas de âmbito local e nacional. Muitos escritores e poetas tem sabido, com arte, erudição e sensatez estudar e trazer à estampa, pelos tempos fora, Viana do Castelo.
Neste panorama citadino a Primavera está a chegar, que nos vem trazer, novamente, alegria, juventude espiritual e satisfação, tentando criar um bem estar neste mundo conturbado, ao ver-se despontar a natureza com o que ela encerra de palpitante, sinfónico, romântico e melodioso, porque tudo começa, outra vez, com o antever da quadra primaveril a florir, entre campos, montanhas e jardins. O Monte de Santa Luzia com as suas mimosas, giestas e outros arbustos e flores da estação denunciam nova época, através de uma abrangente combinação de cores, doando, àquele ambiente, um adorno colorido de várias matizes, que encanta e embeleza. Viana, sempre bela, por tudo isto, torna-se, ainda, mais bela!
Para culminar todo este ar primaveril, que nos cerca, aparecem as andorinhas com o seu característico gorjeio, principiando, com azáfama, a construírem os ninhos nos beirais das nossas casas, ainda húmidos, motivados pela invernia.
Nota: Esta crónica, por vontade do autor, não segue a regra do novo acordo ortográfico.