CTT: pagam uns pelos outros

Desde o início do corrente mês que, a fim de ser possível que os CTT distribuam o A AURORA DO LIMA na quinta-feira, esta tem de ser colocada até perto do final da tarde de quarta no centro de distribuição postal (CDP) e não de madrugada, como sucedia até agora.

Uma situação idêntica à verificada com outros jornais e que implica o fecho de edição mais cedo. Um deles, o Jornal de Barcelos (JB), explicou a situação em nota da Direção. Nela referem que, em vez de ser colocado no Centro de Distribuição de Barcelos, o jornal passou a ter de ser colocado no Centro de Produção e Logística (CPL) da Maia. Explicam, nesse sentido, não ser obtido qualquer ganho, pois obriga a deslocar para a Maia “uma expedição que não carece de qualquer tratamento”.

A direção do jornal acrescenta ainda que, “depois de, num primeiro momento, justificarem a decisão como tendo sido imposta pelo regulador, os CTT alegaram que resultava de “alterações operacionais que não permitiam o tratamento manual de objetos nos Centros de Distribuição da empresa”. Embora – refira – a expedição do jornal não obrigasse “a qualquer tipo de tratamento uma vez que era entregue e ordenada de acordo com as exigências dos CTT”.

O JB refere ainda um processo da Autoridade da Concorrência, que “teve origem na sequência de uma queixa apresentada por um dos operadores privados, a VASP, que pretendem ver-lhe reconhecido o direito de acesso à rede de distribuição dos CTT para executar previamente o pré-tratamento e a separação dos objetos postais por CDP”.

Todavia, para “fazer valer a recusa de abrir as portas dos CDP à concorrência, passou no mesmo instante a rejeitar o acesso a expedidores, como o Jornal de Barcelos, que não são susceptíveis de serem confundidos com tais empresas”.

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