Dança voltou a encher o Casino Afifense

Cerca de 150 músicos e bailarinos passaram pelo Casino Afifense, no passado sábado, no âmbito do Dia Mundial da Dança. A oficina de Danças Europeias e de Leste de Mirjam Dekker, bailarina de várias companhias profissionais de dança tradicional e formadora de dança, que muitos já conhecem pelas oficinas, cursos e festivais onde participa há mais de 20 anos, foi especialmente desafiante e muito ao gosto dos que apreciam danças de grande elegância e que, ao mesmo tempo, permitem conhecer outras culturas sem esquecer a autoexpressão.
O concerto didático “Música e Evolução”, de Pablo Carpintero, investigador, músico e artesão premiado, e Rosa Sanchéz, cantora e percussionista, surpreendeu todos os presentes tanto pelo elevado conhecimento demonstrado sobre a música tradicional do noroeste da Península Ibérica como pela admirável execução de 40 diferentes instrumentos tradicionais, sejam eles os que podemos encontrar na natureza, sejam os elaborados pelo ser humano e cuja história deram a conhecer. O concerto abordou o significado que a música teve na evolução do ser humano e o papel essencial que as mulheres desempenham.
“As Armadanzas” ficaram a cargo da última atividade da tarde. Tratou-se de uma oficina teatralizada apresentada por duas bailarinas: uma fazendo o papel de João, emigrante português na Galiza, e outra fazendo o papel de Matilde, a sua esposa galega. Estas interagem através das duas línguas irmãs (o galego e o português), com o propósito de ensinar danças da Galiza e de Portugal, dando a conhecer o forte vínculo histórico, linguístico e cultural existente.
João foi interpretado por Mercedes Prieto Martínez e Matilde por Maria Montserrat Rivera Crespo, duas das mais experientes bailarinas e formadoras de dança tradicional originárias da Galiza. Surpreendentemente, apesar deste projeto já ter visitado inúmeras escolas na Galiza, fazendo com que crianças e jovens passem a conhecer todo este património cultural comum, foi a primeira vez que se apresentaram em Portugal.
O segundo sábado da Festa da Dança – Ciclo de Primavera terminou com o baile FOLK dos Pesdelás que, para além de ser um excelente grupo musical, se empenhou em ensinar a todos os presentes danças e jogos tradicionais, fazendo uma viagem pelo mundo, procurando recuperar o espírito participativo das festas e integrando todos os presentes independentemente da sua idade, condição física, ou experiência a dançar.
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