Hoje uma vez mais voltamos ao tema Covid-19, porém nunca é demais fazê-lo pela razão de o mesmo não se esgotar e ainda estar no seu apogeu. Assim sendo hoje voltamos novamente a terreiro, porque o Grupo Folclórico e Cultural de Danças e Cantares de Carreço (GFCDCC), à semelhança das demais associações de índole cultural, também foi afetado pela Covid-19, que trouxe consequências à sua atividade programada para o ano de 2020.
A Direção do Danças e Cantares lamenta ter realizado tanto trabalho, despendido tantas energias para nada do que estava planeado se realizar. Estavam oficializados vários acordos de intercâmbio com outros grupos nacionais, manter-se-ia a participação do grupo em eventos de natureza social e culturais propostos pelo Município e pela Freguesia.
Evoluía já em fase adiantada a organização do Festival de Folclore de Carreço e estava em desenvolvimento a digressão cultural com destino a Sardenha (Itália).
A direção do grupo refere também que, a par destas atividades, tinha ainda como objetivo preparar um grupo de jovens para a nova época. Jovens que abraçaram esta missão de partilha de hábitos e costumes da freguesia de Carreço, com afinco.
A Direção do Grupo, no rigoroso cumprimento de todas as recomendações para a prevenção do contágio, suspendeu a atividade do GFCDCC em março/2020. Desde essa data mantém contactos através das redes sociais entre todos os elementos.
Neste contexto de pandemia e numa breve análise o ano de 2020 foi para o Danças e Cantares como nos diz a presidente da Direção Melissa Vieitas: “um ano de reflexão e adaptação a novas realidades, na medida em que as atividades foram desenvolvidas em casa, desafiando novos e mais velhos a explorar as novas tecnologias”.
No entanto, o ano 2020 ainda concedeu ao grupo a participação em algumas atividades: a participação no V Festival do Arroz Doce, a presença de um par no vídeo da candidatura do Vira do Alto Minho às Sete Maravilhas da Cultura Popular e a apresentação do vídeo em prol da Festa da Comunidade de Carreço.
A presidente Melissa diz-nos que o ano de 2020 revelou-se um desafio para o Grupo. Desafio esse onde “sobressaiu o valor do capital humano, onde mais jovens e mais velhos se revelaram essenciais para a continuidade do papel cultural que as associações como o GFCDCC têm na nossa sociedade. Os mais velhos pelos saberes de que são detentores e os mais novos pelo domínio das novas tecnologias que em tempo de crise se revelaram fulcrais para o desempenho desta missão cultural”.
Para o corrente ano de 2021, a Direção do Danças e Cantares, apesar do estado pandémico em que vivemos atualmente, compromete-se a manter vivas as tradições por demais conhecidas, acarinhadas e apreciadas pela comunidade carrecense, aliando às mesmas todos os saberes de novos e velhos, porque só assim faz sentido.
É das necessidades sentidas durante situações nunca antes vivenciadas que se obtém a capacidade de ser resiliente, é precisamente o que o GFCDCC transmite neste tempo de confinamento e pandemia, autêntica resiliência.
Desejamos de modo geral ao Grupo Danças e Cantares e em particular à sua presidente Melissa Vieitas os maiores sucessos ao serviço da Cultura, das Artes e de Carreço, e claro está num tempo sem confinamento e pandemia.