Desconstrução do Prédio Coutinho “pode ser bom exemplo” de descarbonização

O Portal da Construção Sustentável (PCS) considera que desconstrução do edifício Jardim “pode ser um bom exemplo de descarbonização de atividades humanas, tema central da cimeira do clima das Nações Unidas”.

A plataforma sem fins lucrativos de divulgação de informação sobre construção e sustentabilidade alertou que a desconstrução do edifício de 13 andares, no centro histórico de Viana do Castelo, “deve ser realizada de forma a ser um exemplo a seguir, de reutilização e reciclagem de materiais, com o fim de contribuir para a descarbonização de um dos setores mais poluentes, o da construção”, avança a Lusa.

A responsável do PCS, a arquiteta Aline Guerreiro, defendeu que a desconstrução do edifício, já iniciada, deve “ser um projeto-piloto e demonstrativo sobre o que é a desconstrução”.

“Seria interessante tornar pública a catalogação e quantificação dos materiais que estão já a ser retirados do prédio Coutinho. Não menos importante seria ter acesso ao valor gerado em euros pela comercialização dos materiais úteis como, por exemplo, portas em madeira maciça perfeitamente aptas a novas utilizações, de forma a impulsionar novas práticas como, por exemplo, o comércio de materiais de construção em segunda mão. Esta prática é já corrente noutros países europeus, como a Holanda e a Dinamarca”, observou Aline Guerreiro.

Conhecido localmente como prédio Coutinho, apelido do empreiteiro que o construiu na segunda metade da década de 1970, o edifício Jardim tem a sua desconstrução prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis.

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