Foi publicado esta terça-feira em Diário da República o anúncio do concurso para a desconstrução do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, pelo preço base 1,7 milhões de euros.
Em declarações à Lusa, esta segunda-feira, o vice-presidente da sociedade VianaPolis, Tiago Delgado, explicou que “após a publicação do anúncio no DR, na terça-feira, as empresas interessadas dispõem de 30 dias para apresentarem propostas, sendo que o prazo de desconstrução do edifício Jardim, localmente conhecido como prédio Coutinho, é de seis meses”.
Segundo Tiago Delgado a desconstrução do edifício deverá iniciar-se “o mais tardar em outubro”.
O prédio Coutinho, de 13 andares, tem desconstrução prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis. O projeto, iniciado quando António Guterres era primeiro-ministro e José Sócrates ministro do Ambiente, prevê para o local a construção do novo mercado municipal.
Inicialmente, o projeto da sociedade VianaPolis previa a implosão do prédio Coutinho, mas a partir de 2018 a desconstrução foi a alternativa escolhida por prever o aproveitamento e a reutilização dos materiais e causar menos impacto ambiental.
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga julgou improcedentes, nos dias 19 e 20 de janeiro, a intimação para proteção de direitos, liberdades e garantias e a providência cautelar movidas, em 24 de junho de 2019, pelos últimos moradores do edifício Jardim para tentar travar o início da desconstrução do prédio.
Na altura, em comunicado, os moradores que ainda estão no prédio informaram que vão “abandonar voluntariamente” o edifício Jardim, localmente conhecido como prédio Coutinho, mas garantiram que a luta judicial vai continuar.