Dia do Médico e outras questões

Hoje é o “Dia do Médico”. As circunstâncias determinam também que seja um dia de luta. Luta em defesa da sua Ordem, dos seus Estatutos, dos valores ético e deontológicos da sua profissão, que se exerce, sob juramento, para tratar os nossos doentes ou para os ajudar a prevenir as doenças que, invariavelmente, quando acontecem, alteram o percurso natural da sua vida. 

É um dia Maior… é o dia certo para que a Ordem dos Médicos, através dos seus Órgãos Sub-Regionais de Viana do Castelo, manifeste a maior preocupação pela forma como são divulgados publicamente acontecimentos que ocorrem na ULSAM, divulgação que acontece em meios de comunicação social de grande capacidade de difusão nacional. Do que se sabe, porque à Ordem do Médicos não chegou qualquer participação formal dos Médicos envolvidos nos acontecimentos divulgados, trata-se de conflitos laborais entre grupos profissionais da saúde, que ocorrem em unidades de internamento hospitalar, e que, pelo número de envolvidos, com diferente responsabilidade na hierarquia hospitalar do departamento em questão, são obviamente motivo de preocupação para todos. 

A verdade é que a forma como a notícia é divulgada coloca a ULSAM e os seus profissionais, perante a opinião pública, num significativo patamar de descrédito, sentindo-se todos atingidos na sua dignidade e brio profissional. Sabe a Ordem dos Médicos, formalmente, que foi aberto um auto de averiguação aos acontecimentos, para que se deduza acusação ou arquivamento do processo. Há 4 meses… A lentidão do processo de averiguações é a razão próxima que determina o recurso aos meios de comunicação social, que, ávidos de escândalos, rapidamente os promovem. 

Não compete à Ordem dos Médicos, na ausência de qualquer processo de averiguações a que seja chamada, fazer juízos de valor sobre quem quer que seja ou dar razão a alguém. Mas compete à Ordem dos Médicos exigir respostas às questões publicamente colocadas, sérias e graves, porque a ausência destas respostas arrasta para o terreno do descrédito todos os profissionais que fazem da ULSAM uma Instituição hospitalar merecedora da confiança dos cidadãos. 

Compete ao Conselho de Administração da ULSAM implementar urgentemente as medidas que permitam virar esta página mediática da vida da Instituição. É importante que seja feito em tempo útil, porque as óbvias dificuldades que o SNS atravessa – a desmotivação, o desalento, o desgaste físico e emocional dos Médicos no seu dia a dia – já são razões suficientes para que não se acrescente o descrédito e a desconfiança dos que temos que tratar, razão última da existência da nossa profissão. 

O Conselho Sub-Regional de Viana do Castelo da Ordem dos Médicos permanecerá atento e envolvido na defesa de uma Medicina de qualidade e reforça a sua confiança no normal funcionamento dos serviços e instituições, nomeadamente nos cuidados prestados à população. 

O Conselho Sub-Regional de Viana do Castelo da Ordem dos Médicos

(comunicado a propósito do Dia do Médico, assinalado no último dia 18)

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