Diogo Barbosa vai lutar pelo título nacional

Natural de Barroselas, Diogo Barbosa começou a praticar aquabike em 2015. No final deste mês vai participar nas últimas provas para apurar o campeão nacional. 

Idade?

17 anos.

De que freguesia és?

Barroselas.

Há quanto tempo praticas este desporto?

Pratico desde 2015.

E como chegaste a este desporto?

O meu padrinho praticava, os filhos deste também. O meu irmão começou e depois comecei eu. 

Já conquistaste vários títulos, tanto nacionais como internacionais.

Já fui duas vezes campeão da Europa, em juniores. Em 2020, passei para a categoria de sénior e fui terceiro da Europa e quinto do mundo. 

Qual foi o título que mais gostaste de conquistar?

Foi sem dúvida o terceiro lugar da Europa, na categoria sénior, porque foi o primeiro ano. Foi conquistado na Hungria e na Polónia.  Escolho este, porque era o primeiro ano que estava a competir como sénior e foi contra todas as expectativas. 

Mas ias com esse objetivo?

Eu vou sempre com o objetivo de ganhar.

Como são os treinos?

Só consigo treinar no mar, num lago ou rio. Para treinar temos de montar a pista, com as bóias e isso requer uma logística enorme, por isso normalmente é só no fim de semana que faço treinos no mar.

Costumam treinar aqui em Viana?

Já chegamos a treinar aqui, mas atualmente treinamos em Esposende. Temos autorização para treinar lá. Durante a semana, faço ginásio, porque é necessário resistência e força para segurar a mota. 

Começaste como juvenil?

Sim, comecei como juvenil e fiz dois anos, depois passei para júnior e em 2020 passei para sénior. 

E estas a competir com pessoas de várias idades?

O campeão do ano passado tinha 20 anos. O deste ano 30. 

Qual é a parte mais desafiante?

Temos de adaptar o jet para cada circuito. Também devemos treinar os circuitos mais longos e os mais apertados. 

Que tipo de apoios recebes?

Tenho apoio da Câmara Municipal e ainda de uma loja que fornece equipamento. Tenho apoio de um Personal Trainer e depois são os meus pais que me ajudam, porque arranjar patrocínios é difícil. 

As deslocações são sempre dispendiosas?

Sim. As despesas de logística são grandes. Para esta prova, que decorreu na Hungria, foi a Federação Portuguesa que suportou a despesa da deslocação da mota. 

Só competes na Europa?

Para já sim, porque o Campeonato do Mundo na minha série realiza-se na Europa. Só a “Fórmula 1” do Jet Ski é que é fora da Europa. E um dos objetivos é passar para a classe mais forte e aí sim competir em provas fora da Europa, onde os prémios são maiores. E competir nos Estados Unidos, onde as oportunidades são outras.

Esse é um dos objetivos a médio prazo.

Sim, subir para competir na classe rainha que é o Sky Gp1, que é um nível mais exigente e tem os melhores da modalidade. Caso consiga chegar a essa classe para chegar ao topo será necessário muito treino e sacrifícios, mas será um dos objetivos.

No inverno há competições? 

Nessa altura não há tantas competições. O Europeu e o Mundial já acabaram e o Nacional termina no final do mês. Este ano não participei no Mundial, porque tinha um exame na primeira etapa. Será o inverno todo a preparar a mota e a preparar-me para voltar com a garra toda para ser campeão do Mundo e campeão da Europa.

O objetivo é esse?

Sim, é um dos objetivos. 

A nível nacional, como vês este desporto?

Não somos muitos praticantes. É um desporto caro. As pessoas que entram é porque conhecem alguém na competição. Não é muito conhecido. Às vezes era preciso mais apoio para que mais pessoas pudessem competir.

Em Portugal, as provas decorrem em que localidades?

Este ano, já aconteceram no Porto, Penafiel. As últimas estão previstas para Mira e Vila Velha de Rodão, no final do mês. 

Na zona de Viana não costumam realizar provas?

Já houve, mas agora não costumam existir. 

Quando serão as próximas provas?

Serão no final de setembro e princípio de outubro para o campeonato nacional.

Em Portugal também já conquistaste bastantes títulos?

Fui cinco vezes campeão nacional, inclusive no ano passado, e este ano estou em segundo lugar, a um ponto do primeiro.

Essas provas vão ser decisivas. Estás nervoso?

Sim, são decisivas. Há sempre aquele nervosismo normal, mas é sempre mais perto da corrida.

Achas que farás desta modalidade a tua profissão?

Eu adorava que fosse, mas infelizmente não será possível. Entrei na universidade para frequentar o curso de Direito e continuarei a ter o ski aquabike como hobby.  

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