Doença de Alzheimer é a terceira causa de morte prematura

Os anos de vida perdidos devido à doença de Alzheimer aumentaram em 82,7%, entre 1990 e 2016, de acordo com um estudo divulgado pela Direção Geral de Saúde (DGS), que revela que a doença de Alzheimer é a terceira principal causa de morte prematura. O aumento do tempo médio de vida dos portugueses é acompanhado por um acréscimo do tempo vivido em condições incapacitantes, tais como as doenças do foro mental e do comportamento mental, que representam 19% da carga da morbilidade e incapacidade.
“Infelizmente ainda existem pessoas que não têm consciência de que os hábitos e um estilo de vida mais saudáveis podem fazer uma grande diferença na nossa saúde. De tal forma que existem pequenas ações no dia-a-dia que nos ajudam a reduzir os riscos de desenvolver doença de Alzheimer ou outras formas de demência.”, explica José Carreira, Presidente da Alzheimer Portugal. E acrescenta que “a Associação Alzheimer Portugal disponibiliza toda a informação sobre a doença de Alzheimer com o objetivo de contribuir para o melhor conhecimento das suas causas e efeitos.”

A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões. A doença de Alzheimer assume, neste âmbito, um lugar de destaque, representando cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência (World Health Organization [WHO], 2015).

Alzheimer Portugal reivindica estatuto
do cuidador informal

A Alzheimer Portugal alerta para a necessidade de criação urgente do estatuto do Cuidador Informal da pessoa com doença de Alzheimer e outras demências ou patologias neurodegenerativas associadas ao envelhecimento. Há mais de um ano que as famílias aguardam que o Governo crie o “Estatuto do Cuidador Informal”, já aprovado pelo Parlamento.
“Os cuidadores informais têm uma grande importância na vida das pessoas com doença de Alzheimer, pois são estes que lidam com as dificuldades que a demência traz e dedicam grande parte do seu tempo a essas pessoas”, explica José Carreira, Presidente da Alzheimer Portugal. E acrescenta: “Cada vez mais, com o envelhecimento da população, é preciso que sejam criadas as condições necessárias para que os idosos e as pessoas com dependência fiquem em sua casa e, ao mesmo tempo, possam ser apoiadas. Com o Estatuto do Cuidador Informal será possível apoiar quem cuida de pessoas dependentes, por exemplo, através da flexibilização do horário de trabalho e de benefícios fiscais.”
Segundo a Entidade Reguladora da Saúde, Portugal é um dos países europeus com mais cuidadores informais sem formação e um dos países com maior taxa de cuidados domiciliários informais da Europa.

(Imagem: “Portal do Envelhecimento”)

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