Os principais sintomas são dores intensas, normalmente na parte inferior das costas, sensação de peso, queimadura ou formigueiro na coluna, dificuldade em realizar movimentos simples, como andar ou sentar, e diminuição de força nas pernas. Estes sinais pioram quando a pessoa fica muito tempo na mesma posição, sobretudo “dobrada”, ou faz algum esforço físico. Rigidez matinal pode acompanhar o quadro, assim como perda da flexibilidade da coluna.
O diagnóstico pode ser feito com recurso a avaliação clínica, observação do doente, complementado com radiografias e ressonância magnética.
O tratamento é variável e depende da causa, idade da pessoa, atividade, esperança de vida, qualidade do suporte ósseo, níveis atingidos, etc.. O tratamento dos sintomas pode ser feito com analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia (recuperação funcional e meios físicos anti-inflamatórios). Pode ainda ser necessário o recurso a tratamentos cirúrgicos, como: a substituição artroplástica do disco, a fusão de vértebras adjacentes ou a infiltração com corticoides e/ou analgésicos.
Para prevenir a espondilartrose é importante evitar esforços desnecessários; manter o peso dentro dos padrões considerados normais; fazer atividade física de modo regular (como caminhadas, bicicleta ou hidroginástica, por exemplo).
Lesões na coluna
Todos os anos, em todo o mundo, mais de 500 mil pessoas sofrem uma lesão na coluna devido a causas evitáveis, como: acidentes rodoviários (de automóvel e/ou moto), quedas, atividades desportivas, mergulhos em águas rasas e atos de violência (incluindo tentativas de suicídio).
As lesões na coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física em idade laboral e são uma das principais causas de ausência no trabalho.
Os principais sinais e sintomas de lesão na coluna dependem da gravidade da situação, mas podem incluir dor e rigidez no pescoço, ombros e costas, eventualmente irradiada para os membros, náuseas, cefaleias ou tonturas; alterações da sensibilidade como formigueiros, dormência, diminuição da força nos braços ou pernas; estado de consciência alterado, dificuldades respiratórias e de concentração; perda de controle da bexiga e intestinos.
As lesões da coluna vertebral podem constituir emergências médicas que requerem tratamento imediato para minimizar os danos. Entre as principais consequências de um acidente ou trauma na coluna vertebral encontram-se as deformidades secundárias ao traumatismo, potencialmente dolorosas e incapacitantes e a paralisia.
Manuel Tavares de Matos
Presidente da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral
Foto: Ilovevaquero.com