Empresa instalada em Viana lidera mercado

O secretário de Estado do Mar e antigo autarca vianense visitou na última quinta-feira o porto de mar de Viana do Castelo e a empresa CorPower com capitais suecos que lidera o mercado nacional do aproveitamento da energia das ondas.

“Esta experiência é uma iniciativa muito importante, com uma enorme componente de inovação, não só na área dos compósitos, mas também da engenharia, dos sistemas informáticos…. Nós temos uma enorme expectativa de que este projeto seja também demonstrativo a nível internacional. Portugal e Viana do Castelo estão na liderança tecnológica nas energias renováveis”, destacou José Maria Costa.

O secretário de Estado do Mar afirmou que em Viana do Castelo surgiu um novo conceito. “Fala-se muito nas ilhas energéticas, eu diria que em Viana se desenvolveu um novo conceito que é o dos arquipélagos energéticos, que pode ser a utilização da energia eólica flutuante com a energia das ondas e a produção de hidrogénio”.

O responsável nacional da empresa explicava que o objetivo é no próximo mês instalar a estrutura flutuante e fazer os ensaios de mar. “O nosso protótipo da geração quatro vai ser instalado até meados de novembro. Neste momento, estamos a terminar os últimos testes básicos”, assinalava Miguel Silva. Adiantando que “cada dispositivo desta geração produz 300 quilowatts (kW). Quando tivermos o parque das ondas completamente terminado na Aguçadoura conseguiremos introduizir na rede nacional 1,2 megawatts de energia a partir das ondas”. Isso equivale a alimentar cerca de mil habitações.

“A nossa intenção é que Portugal seja aquilo que foi a Dinamarca na altura em que a indústria do vento nasceu”, disse o responsável. Aquele país, “na crise petrolífera dos anos 70” apostou na energia eólica. “O vento foi a escolha óbvia e a Dinamarca cresceu e é hoje o berço da energia eólica. E nós podemos ser agora a Dinamarca das ondas, o berço de um novo produto e principalmente o local onde se venceu o desafio de aceder à quantidade de energia que o mar tem armazenada”, informou. Acrescentando que “o mar é uma bateria gigante com energia quase infindável”.

As ondas que chegam à costa portuguesa são formadas perto do Canadá e dos Estados Unidos da América e chegam com uma capacidade “em média 35 a 36 KW por metro e são ondas muito boas”.

O autarca vianense que também acompanhou a visita considera que “esta forma de produzir energia incorpora-se no nosso Plano Estratégico para a Economia do Mar. Por isso vemos que Viana do Castelo pode incorporar e formar as várias fontes de energia que nós precisamos para não ficarmos naquele ambiente de fragilidade que é de só haver energia eólica se houver vento, ou solar se houver sol”. 

Luís Nobre dizia:  “Acreditamos que com a aposta na energia das ondas vamos continuar na linha da frente e seremos uma referência para a produção de energia”.    

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