Empresários querem mais passagens

“Total estupefação perante uma medida que considera discriminatória, ineficaz e com graves consequências para as empresas, trabalhadores transfronteiriços e economia do Alto Minho”.

É assim que a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) se manifesta perante a decisão do Governo, face à pandemia, limitar as deslocações para fora do território continental, por qualquer meio de transporte, e repor o controlo nas fronteiras terrestres.
“A opção de limitar o controlo de fronteiras ao ponto de passagem da Ponte Tui – Valença (ligação IP 1 – A 3, em Valença), todos os dias da semana, de forma ininterrupta, e  Monção, nos dias úteis das 07h às 09h e das 18h às 20h, é revelador de um profundo desconhecimento do território, marginalizando pontos de passagem fundamentais, com graves consequências para os trabalhadores transfronteiriços e empresas instaladas no Alto Minho”, considera.

A CEVAL observa que, de acordo com os dados disponíveis o “número total de espanhóis que diariamente atravessam a fronteira para trabalhar no Alto Minho é de 1816 trabalhadores. Em sentido inverso, são 622 portugueses que vivendo em Portugal atravessam a fronteira diariamente para trabalhar na Galiza. Quanto ao número de veículos que atravessam as cinco fronteiras que ligam o Alto Minho à Galiza é de 31.190 veículos por dia, que corresponde a 47% do total global de veículos que todos os dias cruzam as fronteiras entre Portugal e Espanha”.

Perante isso, “não existindo a possibilidade de abertura total das fronteiras que ligam o Alto Minho à Galiza para empresas e trabalhadores transfronteiriços, por eventual escassez de recursos” apela ao Governo “a aplicar, aos restantes pontos de passagem do Alto Minho que agora se encontram encerrados, a mesma modalidade que está a ser aplicada a Monção, nomeadamente nos dias úteis das 07h às 09h e das 18h às 20h”.

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