Os pais e encarregados de Educação da Escola EB 2.3 da Abelheira, inaugurada em 1990 e frequentada por perto de 600 alunos, têm a expectativa de que as obras de requalificação de fundo desta unidade de ensino ocorram já em 2023.
César Brito, presidente da Associação de Pais e antigo vereador do PSD, entregou esta semana, ao executivo camarário, no final de uma reunião pública do mesmo, um dossiê sobre o estado em que a mesma se encontra. Entregou “documentos oficiais de várias entidades, entre elas da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) que fez uma inspeção de segurança e salubridade e que detetou que os níveis de dióxido de carbono são, absolutamente, superiores do que seria suportável”.
Falando no período aberto ao público, César Brito observou ser “fundamental que a autarquia comece já a trabalhar no projeto”, por saber que este tipo de procedimentos “pode demorar vários meses”.
“Sei que estas obras custam dinheiro e não se fazem de uma hora para a outra, mas todo e qualquer atraso, agora, se torna inadmissível. Sei que vai ser preciso gastar ali alguns milhões, não estamos a falar de pequenas obras de recuperação, mas de uma intervenção estrutural”, adiantou.
O presidente da Associação de Pais, acrescentou que estes “querem fazer grandes revoluções e ações de protesto mais veementes” contra a falta de obras no estabelecimento de ensino, mas que tem refreado os ânimos, garantindo que a autarquia “é composta por pessoas de bem e conscientes do estado em que a escola está”. Disse também que prometeu “aos pais que entre dezembro e janeiro faria uma reunião geral de pais do agrupamento para fazer um ponto de situação”.
Já anteriormente, o Conselho Geral do estabelecimento do Agrupamento tinha aprovado uma moção sobre a segurança e requalificação das instalações da Escola Sede do Agrupamento.
O texto, que teve os votos contra dos representantes do município, referia que os “membros do Conselho Geral constataram in loco, após visita, que a escola não tem as condições necessárias e adequadas à prática pedagógica. Existem problemas graves de segurança nas instalações da escola que colocam em perigo quem a frequenta, a escola está subdimensionada” para a ocupação atual e para o aumento que é expectável.
Exortava, ainda, o Município de Viana do Castelo “a realizar obras de reconstrução com aumento significativo da área útil, promovendo um ambiente saudável de trabalho para todos os alunos, professores e demais funcionários.”
“Nas últimas semanas recebemos informações animadoras, de contactos regulares de equipa de técnicos da autarquia com o diretor do agrupamento. Prometi aos pais que entre dezembro e janeiro faria uma reunião geral para fazer um ponto de situação”, referiu César Brito, durante a intervenção na reunião de Câmara.