Escola Superior de Educação assinala aniversário

A Escola Superior de Educação (ESE) comemorou na última quarta-feira, dia 09 de novembro, os 42 anos de existência. O diretor da escola pediu a renovação do corpo docente e prometeu continuar a trabalhar na criação de “sinergias estratégicas”.

César Sá dizia que “os processos formativos que temos vindo a adotar alicerçam-se também num ambiente de grande inovação e estreita colaboração aos contextos profissionais, visando a aproximação dos estudantes ao seu papel futuro e à realidade do mundo do trabalho”. O diretor da escola dava exemplo dos protocolos assinados com os agrupamentos de escolas de Viana e de Ponte de Lima para promover ensino em contexto de trabalho.

Para além desta ligação à comunidade onde estão inseridos, César Sá falou da necessidade de implementar um Centro de Investigação, com outras escolas superiores de educação. “A estratégia seguida de concertação de esforços na agregação de várias escolas superiores de educação, aproveitando a dinâmica e o consenso permitirá escala e massa crítica para que este centro possa ter robustez e capacidade para se posicionar estrategicamente face às fontes de financiamento nacionais e internacionais”, manifestava. O diretor da escola pedia ainda que no próximo ano avancem com uma nova licenciatura já aprovada: Licenciatura em Arte e Cinema Digital. 

A presidente da Associação de Estudantes, Ana Guimarães, considerava que “estamos todos de parabéns, porque também fazemos parte da história desta escola”. 

O presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo apontava vários desafios da ESE no futuro. “A problemática da formação de professores vai ser um dos desafios grandes com que a escola se vai deparar”, dizia Carlos Rodrigues. Acrescentando que depois do processo de Bolonha, os “próximos desafios serão maiores”.

Carlos Rodrigues anunciava também a abertura de concursos para a contratação de professores, mas falava da questão “incontornável” que é o orçamento. “O orçamento do Estado transfere para o IPVC o equivalente a 80% dos vencimentos. Os outros 20% tem de vir do nosso trabalho e nós temos conseguido fazer isso, mas há constrangimentos que não são fáceis de ultrapassar”. 

Blake Faria; Luana Fonseca e Mara Agra (foto) foram os alunos colocados com melhor média nos três cursos de licenciatura da Escola e receberam umas lembranças. 

Sampaio da Nóvoa fez conferência

O professor, natural de Valença, aceitou o convite do diretor da Escola Superior de Educação para falar sobre os “desafios de ser professor”. Sampaio da Nóvoa, antigo reitor da Universidade de Lisboa, defendia que “as universidades têm de prestar contas ao passado e ao futuro”.

Para o professor universitário a Agenda da Modernização Educativa “levou à desvalorização do ensino e da pedagogia”, valorizando a “produção científica”. Contudo Sampaio da Nóvoa defende que “a pedagogia do século XXI será uma pedagogia do trabalho e do encontro”. Pedindo “novos ambientes de apredizagem” através de cooperação.

A falar para uma plateia de professores e estudantes universitários, Sampaio da Nóvoa manifestava que as “universidades/politécnicos têm de estar comprometidas com os territórios”, dando o bom exemplo dos protocolos celebrados com os agrupamentos de escolas de Viana e Ponte de Lima.  

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