João Pimental, membro do Comité Central do PCP, acompanhou, na última quinta-feira, a vereadora da Câmara de Viana, Cláudia Marinho, e Helena Brito, membro da DORVIC e militante do PCP, em visitas a algumas instituições sociais de Viana do Castelo e Ponte de Lima.
“O objetivo [da jornada] é tomar contacto com a realidade dos problemas das populações, do ponto de vista laboral e social”, explicava João Pimental. O membro do Comité Central reconhece que os problemas locais são muito semelhantes ao resto do país e vão na linha da ação do PCP. Os baixos salários, a precariedade, a desregulação dos horários de trabalho, a desresponsabilização do Estado nas respostas sociais, a dificuldade no acesso à habitação e na falta de apoios à família, nomeadamente a resposta insuficiente de creches, são alguns dos aspetos identificados na região.
João Pimental reconhece que “muitas debilidades socioeconómicas já vêm detrás, mas agravaram-se em contexto de pandemia”. Aquele responsável manifestava que “as questões sociais não se desligam do mundo de trabalho e da necessária valorização dos direitos laborais dos trabalhadores”.
“Nós temos vindo a afirmar a necessidade de romper com algumas políticas da União Europeia que têm vindo a constituir-se como obstáculos à valorização dos trabalhadores”, refere João Pimental. Adiantando que estes contactos reforçam as propostas que o PCP tem feito na Assembleia da República e no Parlamento Europeu. “Nós não queremos que se normalize a precariedade”, sublinha. Acrescentando ainda a necessidade do reforço do Serviço Nacional de Saúde e da Escola Pública.
Cláudia Marinho acentuou a questão apontada de que os métodos de ensino, em muitos casos, não acompanham as necessidades dos alunos com deficiência. “O Estado demite-se destas funções. Devia ser o Estado a criar as respostas, porque depois as instituições têm de recorrer a acordos atípicos e dificulta o trabalho”. “O Estado deve proporcionar um Estado social e de garantias”, conclui.