Está a decorrer na Escola Secundária de Monserrate uma exposição evocativa do centenário do Armistício de Compiègne (Oise, em França), assinado em 1918, no dia 11 de novembro, com entrada em vigor às 11h00 da manhã (dia 11, do mês 11, pelas 11h00). Este acordo de cessar-fogo entre as partes beligerantes (Aliados e países da Tríplice Entente), colocou termo àquele que foi considerado o primeiro grande conflito à escala mundial – a Grande Guerra.
A evocação teve início com a inauguração de uma exposição na passada quarta-feira, dia 14 de novembro, pelo Diretor do Agrupamento, profº. Manuel Vitorino, no átrio da escola, numa cerimónia que contou com a participação de algumas turmas, dos professores envolvidos no projeto e outros que se associaram, de alguns convidados e elementos da comunidade educativa. Esta exposição é composta por diversos painéis informativos que contextualizam o cenário de assinatura do Armistício na Floresta de Compiégne (França) e pela réplica da carruagem que serviu de local de assinatura desse acordo, numa atmosfera envolvente, criada pelo visionamento de um filme documentário, contendo imagens, música e filmes.
A atividade descrita visa mostrar à comunidade educativa a importância do acontecimento, no decurso da História Contemporânea, bem como evidenciar a memória coletiva de um povo e homenagear todos aqueles que, de forma direta ou indireta, sofreram as consequências de quatro anos de barbárie (1914-1918). Assim, são invocados alguns intervenientes que, pela sua postura de entrega e abnegação, bem como pela sua vontade na preservação da liberdade, foram condecorados pelo Estado Português e consagrados Heróis de Guerra, na defesa da sua Pátria.
Na exposição podemos ver um conjunto de cartazes, estrategicamente colocados, que contam também a saga da 1ª Grande Guerra, evidenciando a participação portuguesa, o papel das mulheres no conflito e os diferentes episódios que marcaram esta época; um documentário, com cerca de 30 minutos e duas vitrines com documentos originais e testemunhos representativos da guerra, como um capacete usado pelos soldados do CEP (Corpo Expedicionário Português), um conjunto da cartas e diários de guerra e fotografias reproduzidas das cadernetas militares, bem como fotos de alguns soldados e oficiais.
A ideia de reconstituição da carruagem, tendo partido do Grupo de História, foi apresentada à turma do 11º N, do Curso de Design, que logo a agarrou, tendo-a materializado, com a réplica do “vagão que parou a guerra”, em formato bidimensional, a partir de materiais de desperdício, dando-lhe outra “roupagem”. Assim, com a criatividade da professora de Design, coadjuvada por outros professores deste curso, aliada à motivação e responsabilidade dos alunos de Design, foi possível fazer uma aproximada reconstituição, em tempo record, considerando-se que a materialização da ideia apenas começou no início deste ano letivo. Assim, esta iniciativa resultou da convergência de várias sinergias entre os professores deste grupo, do Curso Científico-Humanístico de Letras e Humanidades, e as disciplinas técnicas do Curso Profissional Técnico de Design de Equipamentos, que, no âmbito da flexibilização curricular e contextualização do currículo, se materializou com a referida carruagem, onde, às 5h12, do dia 11 de novembro, foi assinado o acordo de paz entre as forças envolvidas no conflito – o Marechal Ferdinand Fox (representante das forças Aliadas) – e Matthias Erzberger (representante do Império alemão).
Este evento é alargado a toda a comunidade educativa e poderá ser visitado entre as 8.30h e as 18.30h, na ESM, até ao final do mês de novembro, com possibilidade de visita guiada, às turmas e outros interessados, a cargo dos professores de História.
ESM