Daniela Azevedo sempre gostou de animais. Fez voluntariado numa clínica veterinária e ingressou no curso de Licenciatura em Enfermagem Veterinária, na Escola Superior Agrária (ESA) do Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). Foi quando o gato Tomás morreu, que Daniela Azevedo descobriu que atinha como missão dedicar-se aos animais, concedendo-lhes um “fim digno” e sendo também “conforto para os donos”. Daí até abrir a primeira funerária de animais no norte do país, a ex-aluna da ESA-IPVC teve que “passar por muito” e ir contra todos aqueles que a achavam “maluca”.
Quando há dois anos perdeu o gato, que a acompanhou durante 16 anos e que “amava de forma incondicional”, Daniela procurou alguém que a pudesse ajudar. “Sabia que havia um crematório no Porto, mas demorava 30 dias a entregar as cinzas. Até que descobri duas funerárias em Lisboa. Acabei por ver todo o processo e foi aí que percebi que o meu caminho era por aqui: dar um fim mais digno aos nossos animais e acalmar quem fica”, confidencia.
“As pessoas não conseguem entender que um animal que partilha a vida connosco durante 16 anos é tão ou mais importante que um membro da família”, queixa-se.
O processo para abrir a funerária para animais “não foi nada fácil”, até porque “não há apoio financeiro e a legislação também não é muito clara”. Mas Daniela Azevedo não desistiu e seguiu em frente. Criou a PetSoul, que está instalada num armazém, no concelho de Esposende.