FESTA NO RIO era a designação do cartaz do evento, organizado pela União Desportiva de Lanheses (UDL) tendo como objetivo primeiro a angariação de receita para o Clube, que milita na divisão principal do campeonato distrital da AFVC, desde a fundação deste organismo associativo.
O local não poderia ser outro senão o Parque Verde, na zona ribeirinha do Lima, o qual reúne excecionais condições naturais de espaço, relva (bem) aparada, sombra compacta, ar limpo desinflacionado, acesso e estacionamento ilimitado gratuito, além de rede de água potável, eletricidade e iluminação pública. Está também apetrechado com mesas dispersas, uma lareira onde poderão ser cozinhadas refeições e possui ainda um pátio multi-usos onde se aprende a dançar e uma tabela de basquetebol para estimular à prática da modalidade.
Desde há já algum tempo um parque infantil com equipamento adequado (ainda) limitado.
Ao fundo, no topo sul, passa dolente sobre o leito de areia branca, o rio celebrado como do “esquecimento” em alusão à lenda conotada com o seu atravessamento pelos supersticiosos soldados romanos, quando, numa imagem mais poética e condizente com a sua natureza romântica, melhor se ajustaria designá-lo do “encantamento”, digo eu, para mim próprio.
No último sábado, dia 16, a temperatura ambiente favorecia a afluência de famílias e pessoas em geral. Fazem-no, deste modo, sobretudo em fins de semana.
Contudo, pelas 16 horas, o Parque estava ainda numa fase de iniciação, decorrendo as inscrições nos torneios programados, o porco rodando sobre o braseiro tão branco de couro como antes de morto, no insuflável já brincavam crianças, nas zonas da petanca os participantes aguardavam a definição do sorteio das equipas, a música ou vivo ainda não incomodava o voo cruzado dos melros, donos do habitat natural.
Com o sol na rota da descida, os automóveis aliviavam passageiros na estrada paralela ao sítio e logo aparcavam à descrição.
Os torneios por lugares decorriam animados, o porco alourava, a música era agora realmente viva, o astro-rei escorregava ainda dolentemente na rota pelo céu, a Festa no Rio confirmava-se no Parque Verde.
Do porco no espeto sobraram os ossos.