Alvarães prepara-se para celebrar as suas festas maiores – as Festas das Cruzes e dos Andores floridos – que aqui vão decorrer nos próximos dias 18 e 19 de maio.
São os andores, o ex-libris por excelência desta centenária festa que tem ainda nas Cruzes da Via Sacra a beleza artística, a imaginação criativa e a fé que celebra a Ascensão de Jesus ao Céu.
As Festas de Alvarães, em maio, mês das flores, da Virgem Maria, enquadram-se no ciclo da flor que a nossa cidade e o Alto Minho, apresentam ao mundo com rara sensibilidade.
A Festa das Cruzes é muito antiga, pois já em 1724 aparecem referências escritas a uma Procissão pelas 14 cruzes da Via Sacra, com flores a decorar as cruzes e um sermão que servia para levar o povo a refletir nos passos dolorosos de Jesus a caminho do Calvário. A tradição nunca se perdeu e cada vez mais arreigada na alma do povo, cresce em fervor cristão até aos nossos dias.
Mais tarde, em 1946, por sugestão do pároco, Cónego Manuel Martins Cepa, são introduzidos na Festa os andores executados com flores naturais. Cada lugar faz o seu andor, alguns lugares fazem dois, e no total são 11 obras-primas, autênticas obras de engenho e arte que trazem a Alvarães milhares de visitantes.
A concentração dos andores no largo do Cruzeiro ao cair da tarde de sábado, as bandas de música, o arraial, a Procissão solene, os arranjos florais na igreja Matriz e todo um ambiente perfumado a flores do campo compõem um cartaz digno de ser visitado e admirado. É a Festa na sua essência, a Festa das Cruzes, que se veste de Primavera, de flores e de perfumes.