Em declarações à agência Lusa, Isabel Sousa, da organização, explicou que “50% das mais de 30 atividades preparadas para o festival estão esgotadas”, e vão decorrer em vários concelhos dos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real.
“O conceito e as atividades que fazem parte do evento têm gerado muito interesse. São propostas diferentes para desfrutar e aprender mais sobre a natureza. Neste momento, cerca de 50% das atividades estão esgotadas e [há] algumas com uma lista de espera bem significativa”, sublinhou.
Com cerca de 300 participantes inscritos, o festival não atribuiu bilhetes ou pulseiras, como habitualmente acontece. Antes, a organização vai oferecer sementes de plantas autóctones para serem plantadas pelos participantes.
O programa está dividido nas ações “A’Cerca do Minho, com atividades de interpretação e aprendizagem, Conversas A’Cerca do Minho, momentos de partilha informal com vários especialistas nos mais diversos temas, como segurança na natureza, arqueologia subaquática, escolas e a natureza, e Sentir o Minho, com iniciativas de baixo impacte ambiental promovidas pelas empresas de animação turística do Minho”.
Além doa ateliês, o programa da iniciativa “Um festival sustentável por natureza – Amar o Minho” incluiu conversas sobre a proteção da natureza, sobre um Caminho de Santiago histórico ou conhecido como Caminho da Rainha, nos jardins do Paço de Lanheses, em Viana do Castelo.
Está também preparado “um passeio de barco à descoberta dos geossítios do rio Lima, no Geoparque Litoral de Viana do Castelo, um percurso pedestre que levará os participantes a conhecer um túnel romano, que servia para desviar as águas do rio Coura, para ser garimpado o ouro”.
Uma visita ao forte da Ínsua, no rio Minho, em Caminha, ao mosteiro de Tibães, em Braga, ou uma oficina do pão, na aldeia de Covide, em Terras de Bouro, distrito Braga, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), são outras das atividades.
A Área de Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, em Ponte de Lima, a Paisagem Protegida de Corno de Bico, em Paredes de Coura, com 2.070,83 hectares de extensão e o geoparque litoral de Viana do Castelo, criado em 2017, com 13 áreas classificadas como Monumentos Naturais, são as zonas abrangidas pelo festival.
Também o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), com 69.594,48 hectares, que se estende dos planaltos da Mourela, no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, ao de Castro Laboreiro, em Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, abrangendo as serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês.
O festival incluiu ainda a serra d’ Arga, o parque Natural do Litoral Norte, com um total de 8.761,81 hectares (1.316,47 hectares de área terrestre e 7.445,34 hectares de área marinha e/ou estuarina), e o Parque Natural do Litoral Norte, que se estende ao longo de 16 quilómetros de costa, desde o estuário do rio Neiva, que nasce na Serra do Oural, na freguesia de Godinhaços, em Vila Verde, distrito de Braga, e desagua entre Castelo do Neiva, freguesia situada na margem direita, a oito quilómetros a sul de Viana do Castelo, e Antas, em Esposende, distrito de Braga, na margem esquerda.
O Parque Natural do Alvão, com uma área de cerca de 72 quilómetros distribuídos pelos municípios de Vila Real e Mondim de Basto, também integra o programa do festival.
O evento, “que visa promover as atividades e despertar a consciência para a preservação dos valores naturais do Minho, é promovido pelo Consórcio Minho Inovação, que integra as Comunidades Intermunicipais (CIM) do Alto Minho, Ave e Cávado, no âmbito do programa Norte 2020.
Lusa