Foi a enterrar, no passado dia 29 de outubro, no cemitério da Areosa, depois da missa de corpo presente. Francisco Nicolau foi um excelente técnico ao serviço dos ENVC. Esteve ligado à primitiva Sala do Risco, sob a coordenação desse grande Mestre e Homem Bom que foi Alexandre Geraldes. Transitou, depois, como todos aqueles que aí trabalhavam, para o chamado STA de 1º escalão. Serviço que tinha funções idênticas às da Sala, só que em moldes mais evoluídos.
O Nicolau era um bom colega de trabalho. Elegante no trato, solidário com todos, sempre disponível para as melhores parcerias laborais. Daí que tenha granjeado a amizade em geral daqueles com quem se relacionava e, mesmo, dos que dele estavam mais distanciados. A prova dessa amizade está na presença, nas suas cerimónias fúnebres, de tantos dos que com ele conviveram. O Nicolau bem merecia essa manifestação de amizade, infelizmente, a última.
Menos merecido para muitos dos presentes e para ele foram algumas afirmações infelizes proferidas na homilia da missa de corpo presente. Em primeiro lugar, porque essa prática nunca existiu nos ENVC, antes pelo contrário, o sentimento de camaradagem era a divisa que prevalecia nesta empresa. Dificilmente se encontra em qualquer parte do mundo unidade laboral onde a proximidade entre os trabalhadores fosse tão estreita. Depois, porque o Nicolau também era um dos melhores praticantes dessa cultura e sabia de forma especial cultivar amizades.
Não têm sentido afirmações tão deselegantes, tanto mais num ato religioso.Cerimónia de culto profundo, de respeito e solidariedade entre os fiéis.
Até sempre, companheiro Nicolau. Os teus companheiros dos ENVC recordar-te-ão como um Homem bom.
E.