Fundação Caixa Agrícola adquire antigo edifício da JAE

O Solar dos Quesados, edifício onde funcionou a antiga Junta Autónoma das Estradas (JAE), situado entre as ruas da Bandeira e Manuel Fiúza Júnior (junto ao Liceu) acaba de ser vendido, em leilão, à Fundação Caixa Agrícola do Noroeste.

O leilão deste e outras imóveis do distrito decorreu sexta-feira, nos Paços do Concelho de Paredes de Coura, tendo o imóvel sido vendido em hasta pública por 681 mil euros (foi à hasta por 580 mil).

A JAE esteve intalada no Solar dos Quesados até há cerca de 10 anos. Entretanto, estava desocupado e degradado, tendo até em 2015 registado um incêndio. Chegou a ser local ocupado por sem-abrigo.

Recentemente, o presidente da Câmara chegou a dar conta da intenção de candidatar a reabilitação do imóvel a fundos comunitários para criar um espaço cultural.

Ao A AURORA DO LIMA, José Luís Carvalhido, presidente da Fundação, referiu, já esta semana, que ainda estava a “acordar de um sonho”. O objetivo é maturar ideias e, com tempo, transferir também para ali os serviços da instituição, atualmente a funcionar na Rua de Aveiro.

ABERTO À COMUNIDADE

Os objetivos passam por transformar o espaço, num horizonte temporal que poderá andar pelos dois anos, num pólo de Cultura, Arte e Educação, aberto à comunidade. Além de serviços administrativos, galeria de arte e um auditório para 100/150 pessoas, o imóvel albergará outras valências, nomeadamente um museu com espólio da instituição, designadamente no domínio das artes.

A Fundação pretende lançar apelos à comunidade para obras e arranjos exteriores, inclusive no ajardinamento, designadamente à autarquia municipal. O desiderato é transformá-lo num espaço de lazer, leituras e bem-estar, aproveitando a sua localização privilegiada. Vai-se olhar para exemplos de outras fundações, como a de Serralves, e “adequá-los à nossa medida”.

No imediato, a preocupação é o arranjo exterior do imóvel, a fim de prevenir uma maior degradação, designadamente a nível de humidade e infiltrações. José Luís Carvalhido observa, porém, que se o imóvel não tivesse estado abandonado durante cerca de uma década, provavelmente nunca se teria degradado tanto, nem teria ocorrido nenhum incêndio e não se gastaria mais de um terço da verba que vai ser necessária para reabilitar o espaço.

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