O navio-museu Gil Eannes já regressou ao seu local de atraco, na antiga doca comercial de Viana do Castelo.
“Parece maior”, dizia há instantes o vianense Joel Pereira. A verdade é que o navio regressou há pouco tempo à doca comercial e ainda não “assentou”.
Recorde-se que na manhã de 23 de outubro, o Gil Eannes foi rebocado para os estaleiros da West Sea para ser algo de manutenção. A intervenção de manutenção do casco tinha um orçamento estimado entre os 100 e os 150 mil euros.
Na altura, João Lomba da Costa, da Fundação Gil Eannes, disse à Lusa, que o investimento vai ser suportado pelas receitas geradas com as visitas ao navio-museu e destacou que “muito trabalho é ‘pro bono’”, disponibilizado pelos parceiros da fundação.
O comandante Lomba da Costa adiantou que é a terceira intervenção no navio, desde 1997, “vai incidir na limpeza, manutenção e pintura do casco, dos mastros e de outras áreas que não podem ser intervencionadas na doca comercial”.
“Os estaleiros têm meios de elevação para a realização dos trabalhos difíceis que exigem regras de segurança muito apertadas e o local ideal é nos estaleiros onde foi construído”, especificou.
A operação de manutenção, realizada de 10 em 10 anos, pretende responder “às exigências legais, em termos de certificados, entre outros de segurança”.
“Depois a Autoridade Marítima Nacional (AMN) fará a inspeção para emitir novos certificados”, apontou.
A 15.ª construção dos extintos ENVC “começou em dezembro de 1952, a flutuação em março de 1995 e a entrega ao armador no dia 03 de maio, tendo um custo de 32.768 contos, mais 8.322 contos do que o montante que constava do contrato inicial”.
Em 1955, quando integrou a frota bacalhoeira, prestava assistência a 70 navios e a cerca de 4.900 homens.
O regresso do Gil Eannes à capital do Alto Minho aconteceu a 31 de janeiro de 1997 e abriu portas como navio-museu, gerido pela fundação, de iniciativa municipal, em agosto de 1998.