Greve na radiologia do hospital

O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) convocou a greve para a última terça-feira, dia 30 de junho, e hoje e amanhã, dias 02 e 03.

Os profissionais concentraram-se à porta do Hospital de Santa Luzia (Viana do Castelo), na manhã da última terça-feira, para protestar, publicamente, contra a não integração dos técnicos de radiologia na instituição ULSAM, indo contra o preconizado na Lei do Orçamento de Estado, contra a precariedade das condições de exercício profissional e contra a violação do direito à informação no que respeita aos termos dos contratos de trabalho.

Os trabalhadores em greve, que trabalham em regime de outsourcing, pretendem igual salarial com os colegas e não estar em situação de precariedade.

Um responsável sindical assinalava que fazem o mesmo trabalho que os trabalhadores na função pública, “mas têm diferenças salariais entre 30 a 40% e condições completamente diferentes”. Além disso, existem à volta de nove trabalhadores, num total de 32, que estarão a recibos verdes “e é um trabalho permanente”.

O mesmo assinalou que houve tentativas de diálogo com a administração da ULSAM, “havia, de alguma maneira, uma intenção de, findo o contrato em vigor, encontrar-se uma situação que passava pela internalização do serviço”. Todavia, recentemente, terão surgido informações sobre uma comissão que vai abrir um novo concurso e caderno de encargos para a internalização, situação com a qual não concordam e se sentem prejudicados. Está prevista, no entanto, uma reunião, na próxima semana, com a administração da ULSAM, onde se espera o diálogo com vista à resolução desta questão.

A concentração desta terça-feira contou, na parte inicial, com a presença de Catarina Martins, a líder do Bloco de Esquerda.

“São profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas estão contratados em regime de outsourcing desde 2004 e ganham pouco mais do que o salário mínimo nacional”, observou.

“Um dos técnicos dizia-me: ‘Só queremos um contrato de trabalho com o hospital, acho que não pedimos muito’. Estamos a falar de profissionais que estão na linha da frente na defesa da população face ao coronavírus”, enfatizou, defendendo que é necessário “integrar estes precários e precárias, contratar mais profissionais para o SNS e pagar subsídio de risco a quem está na linha da frente no combate ao coronavírus”.

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