Grupo de Danças e Cantares na RTP1

A Direção do Grupo Danças e Cantares de Vila Fria (GDCVF), numa atitude dinâmica, tem procurado realizar, neste tempo de pandemia, atuações. Recordamos que ainda recentemente atuou no programa apresentado por Fernando Mendes, o Preço Certo, da RTP1.

No passado dia 12 de abril voltou à RTP1 ao programa Praça da Alegria, onde exibiram os seus fatos, e 10 dos 44 elementos que compõem o grupo tocaram e dançaram O Vira de Vila Fria. Três dos seus pares apresentaram a dança e foi possível ouvir nas suas letras alguns versos como: “Temos orgulho de ser das terras de Vila Fria”/ “O Adro da nossa igreja é lugar de Beleza” ou ainda “Vila Fria, Vila Fria que mistério é o teu, chega a ter saudades tuas quem aqui nunca viveu”.

Carla Matos, secretária da Direção do GDCVF, fez uma dissertação sobre o Grupo; o número de elementos que a compõem, o espólio e os temas musicais apresentados.
Recordamos que o grupo publicou um vídeo muito bem conseguido que pode ser visto na Internet, filmado nos locais mais bucólicos da freguesia, nomeadamente Santo Amaro, Cruzeiro, Igreja, Quinta do Paço. Têm previsto novas divulgações no futuro.

Carla Matos, em conversa com a apresentadora Sónia Araújo, fez uma explanação dos diversos trajes do Grupo que puderam ser observados pelos espectadores. Traje de mordoma, dois trajes com camisa e colete, um azul e outro preto, utilizados pelas jovens casadoiras nos dias de festa.

O traje azul era utilizado pelas jovens mais endinheiradas como forma de exibirem o seu poder económico.

E ainda o traje de lavrador vermelho conhecido por traje à Vianesa. O traje de lavradeira vermelha, o mais conhecido, é rico e vistoso. As jovens das freguesias de Viana envergavam-no para ir à cidade feirar ou para as festas.

O traje de Lavradeira de Dó, utilizado pelas moças jovens por ser mais discreto, com predominância do preto, por não ser exuberante, a ser utilizado nos dias de luto, faziam parte dois lenços, um para a cabeça e outro para o peito.

Terminou a apresentação com o traje de noiva que em alguns casos era uma reutilização do traje de mordoma, sendo substituído o lenço pelo véu. A noiva com um ramo de flores de laranjeira símbolo de pureza, não havendo uma grande ostentação de ouro porquanto a freguesia muito ligada ao trabalho agrícola não era muito abastada, foi ainda referido o simbolismo do ouro que envergam nos seus trajes. As mordomas envergam, na mão, uma vela votiva que deveria ser acesa pela eucaristia da festa e se apagasse era sinal da sua impureza.

Alda Lário, presidente da Direção do Grupo DCVF em conversa com o apresentador Jorge Gabriel, fez uma explanação do seu grupo, a génese da sua criação, abordando o grande apoio de uma das Quintas de Arraiais Minhotos na região, onde são Grupo Residente, para a aquisição dos trajes e toda a colaboração na projeção do Grupo.

Estava agendado um grande festival a realizar em Vila Fria, mas devido à pandemia teve de ser novamente protelado.

Foi uma atuação brilhante que nos apraz registar.

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