Rui da Fonseca e Costa, com 49 anos de idade, ex-juiz de direito e advogado, acaba de apresentar-se, em Viana do Castelo, como pré-candidato às eleições para a Presidência da República, previstas para 2026.
O anúncio aconteceu no final da assembleia geral da associação Habeas Corpus, sediada em Lisboa e que, desta vez, escolheu Viana do Castelo (Hotel Axis) para levar a efeito a sua reunião magna, com a presença de perto de meia centena de associados.
Rui da Fonseca e Costa foi secretário-geral do Alternativa Democrática Nacional (ADN), resultante da alteração de designação do PDR, fundado, em 2014, por Marinho e Pinto. É natural de Angola e residente em Ponte de Lima (Rebordões Souto), sendo presidente e fundador (sócio n.º 1) desta associação que surgiu em 2021 e que tem cerca de um milhar de associados em todo o país, de cujas quotas vive, conforme nos informaram. A Habeas Corpus também está presente em Espanha e no Brasil.
Dos corpos sociais da Habeas Corpus fazem parte dois vianenses: Ângelo Lima, vice-presidente da Direção, e Nicolas Sousa Pinon, presidente do Conselho Fiscal. Na reunião magna de Viana do Castelo foi, ainda, decidido criar um Conselho Jurisdicional.
No final da reunião, o A AURORA DO LIMA conversou com o anunciado pré-candidato à Presidência da República.
Explicando esta decisão, considerou que a principal razão é a de “poder projetar a voz, sobretudo, junto de pessoas que estão numa fase já permeáveis à verdade”. Desse modo, chegar junto de “um público mais vasto e uma forma, também, de tentar unir um universo de portugueses que tem estado dispersos por vários quadrantes e que poderão eventualmente unir-se em torno de uma candidatura”.
“Falsa pandemia”
Quanto à associação, explicou que foi criada “no contexto da falsa pandemia” da covid-19. Considera que se insere no contexto da Agenda 2030 das Nações Unidas para um desenvolvimento sustentável.
Esta “tem vindo a tributar, cada vez mais, as pessoas e os indivíduos e os produtores com impostos, esbulhando-os dos meios de produção, como, por exemplo, mais restrições à propriedade privada, uma hiper regulamentação da atividade económica, através de uma infinitude de tributos, taxas, emolumentos e impostos”.
Desse modo, “pretendem mudar o paradigma social do contrato social e nos esbulhar dos meios de produção. Fala-se que a agricultura não funciona. Vivo numa área rural e tenho vários vizinhos que se sustentam a si próprios. Se os supermercados fechassem, provavelmente sobreviriam. São famílias que não têm equipamentos industrias, além de tratores e pouco mais.
Ao mesmo tempo, há “a degeneração da nossa sociedade”. Nesse sentido, aponta o caso da Miss Portugal, “um homem que pode ganhar um concurso feminino de beleza”.
Rui da Fonseca e Costa considera-se nacionalista, crente na função do Estado e defensor de uma “Europa dos europeus”.
Confrontado com o caso dos portugueses que se espalharam pela diáspora, retorquiu que, estes, “quando chegaram, à América do Sul, não havia Brasil, e, à costa da África austral, não havia Angola. Desenvolvemos esses países. Quem vem para cá desses países, do Indostão, da Índia, do Paquistão, não é para nos desenvolvermos. Nem em termos tecnológicos, nem em termos de valores. São profundamente misóginos, olham para as mulheres como objetos. Em termos culturais, vêm provocar o nosso desaparecimento”.
“Dogma” da indústria farmacêutica
Na Saúde, afirma que não é contra a medicina convencional, que até a ela recorre e leva os filhos a consultas. Acrescenta, no entanto, que quem sabe o que é melhor para os filhos não são os médicos, mas os país.
“É dos princípios fundamentais da bioética. Esta considera que o paciente não é uma criatura irracional. Uma pessoa consciente da sua razão, da sua dignidade, que sabe tomar decisões em relação à sua própria saúde. E os pais, por consequência, sabem tomar as decisões em relação aos seus filhos”. Nesse sentido, acusa médicos de terem férias “pagas pelas farmacêuticas e que têm o título de congressos”. Garante, ainda, que não respeita “a medicina convencional que acredita no dogma criado pela indústria farmacêutica.”
Por outro lado, diz também não acreditar que o petróleo seja mau para o ambiente ou que haja uma acumulação excessiva de dióxido de carbono no ar. “O dióxido de carbono na atmosfera é 0, 04%. Não existe um aumento. Há 500 anos havia mais dióxido de carbono que agora. Agora até temos mais floresta”, asseverou.
Riqueza numa minoria ultra-minoritária
Também não acredita no excesso de população. “O que existe é uma concentração da riqueza numa minoria ultra-minoritária. Existem empresas, no setor financeiro, que pertencem a judeus e que são donas de Portugal. Financiam políticos a chegar lá, quando chegam criam dívida, emitem moeda e isso é pago com os nossos impostos. Compram fundos. Se for pesquisar, vai ver que os tais fundos internacionais, que são os donos da nossa divida pública, pertencem a essas empresas”, afirma.
Em Viana do Castelo, foi também decidido efetuar um encontro nacional sobre Saúde e outro sobre Agricultura. “
Estamos a criar equipas especializadas para esse efeito. Deverã ser em 2024. São dois setores fundamentais da nossa atuação”, concluiu.