Hoje, às 21h, sobe ao palco do Teatro Sá de Miranda a 148.ª criação do Teatro do Noroeste-Centro Dramático de Viana (CDV). “Hantígona” foi a escolhida para iniciar as comemorações dos 30 anos da companhia.
“Decidi escrever ‘Antígona’ com um H para que o público perceba que vai assistir a uma peça baseada num texto clássico, escrito à luz de uma perspetiva contemporânea”, disse, há dias aos jornalistas o encenador.
Guillermo Heras falava da atualidade da peça, que aborda uma pessoa, que hoje assola o mundo como a pandemia de Covid-19. “Hantígona” põe em cima do palco uma mulher “que não quer aceitar as leis de um poder cego e que enfrenta uma personagem como Creonte”. Essa figura, segundo o encenador faz lembrar alguns governantes atuais.
O encenador acreditava que Viana do Castelo pode “converter-se num dos eixos fundamentais do teatro português e europeu, por ter um teatro municipal como o Sá de Miranda, entre outros equipamentos”. Adiantando ainda que “sem público não faz sentido. Parece-nos que, sem renunciar a um teatro de pensamento, busca e investigação, o teatro popular, como é o caso de ‘Hantígona’, é fundamental. O que mais desejamos é que ‘Hantígona’ seja um espetáculo popular sem perder essa linha de pensamento”.
A 148.ª criação da companhia conta com interpretação do elenco residente e dos atores convidados Ana Brandão, Joana de Viana e Pedro Almendra.
Hantígona vai estar em cena de 06 a 18 de dezembro, com sessões nos dias 06 e 07 às 21h, quartas, quintas e sábados às 19h, sextas às 21h e domingo às 16h.