I Congresso Internacional de Equinologia e Turismo

Decorreu no passado dia 05 de junho, na Casa do Paço (TH) dos Condes de Almada, na freguesia de Lanheses, o I Congresso Internacional de Equinologia e Turismo, sob o patrocínio da Câmara Municipal de Viana do Castelo e a colaboração de entidades ligadas ao estudo e preservação da raça endógena do garrano do Minho e da Galiza.

A sessão teve lugar no espaço exterior ajardinado do Solar dos Almadas, disponibilizado pelo seu titular e presidente da Associação Caminhos do Garrano, D. Lourenço d’ Almada, com a presença de cerca de duas dezenas de convidados com currículo na área da investigação da equinologia. A sessão teve também transmissão pela Internet.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, presidiu à sessão de abertura, proferindo um breve improviso na introdução do tema do Congresso. Deu seguidamente a palavra ao presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), Dr. Carlos Rodrigues, para este manifestar a relevância do evento e a disponibilidade do Instituto para apoiar e colaborar nas iniciativas futuras.

Interveio, logo a seguir, o Doutor Carlos Pereira, professor de Português e Linguística na Universidade de Sorbone Nouvelle, com raízes familiares em Lanheses, mas residente há muitos anos em França, o qual revelou, nesta primeira intervenção, que tem vindo há cerca de dois anos a preparar uma tese sobre o garrano e, simultaneamente, a investigar o cavalo lusitano e a arte de cavalgar com dois livros sobre este tema. Revelou, ainda, o seu envolvimento em estudos sobre Luís de Camões, Teixeira de Pascoais e Padre António Vieira, e divagou sobre o carisma da esfera armilar que consta da bandeira nacional portuguesa.

A intervenção pormenorizada sobre as cinco atas do ano de 2017, da qual resultou uma brochura distribuída a cada um dos presentes de algum modo conotados com investigação dos equinos e do seu habitat, esteve a cargo da especialista, Dr.ª Andreia Pereira, a qual, em cerca de trinta minutos explanou com clareza e fluidez todo o conteúdo dos estudos compilados, em cinco atas, pelos investigadores, os quais abarcam os primórdios da história do garrano que poderá situar-se entre vinte a trinta mil anos até ao tempo presente, abordando a origem, o comportamento, a evolução, a alimentação, a resistência ao clima e aos predadores e a adaptação ao habitat.

Voltou a intervir o professor da Sorbone Nouvelle, Carlos Pereira, para falar mais especificamente sobre o garrano autóctone e a relevância crescente que o animal tem vindo a granjear, não somente entre a comunidade científica, mas igualmente nos decisores dos organismos públicos competentes não se coibindo de manifestar a paixão que nutre pelo raro espécimen em estudo e a crescente relevância do interesse crescente que vem suscitando na comunidade científica francesa.

Os últimos três intervenientes na sessão deste I Congresso que voltará a realizar-se em Coimbra nos dias 01 a 03 de julho foram, por esta ordem, o presidente da Câmara Municipal de Caminha, o vereador que representava a Câmara Municipal de Ponte de Lima, e D. Lourenço d’ Almada para ratificar pormenores das intervenções anteriores e formular um convite aos presentes para um serviço de catering preparado pela esposa, D. Rita.

Entre a assistência estavam representantes de entidades galegas, autores das atas divulgadas na obra distribuída anteriormente (a qual não incluiu os representantes dos órgãos presentes da informação escrita) e titulares de cargos autárquicos localizadas nos concelhos envolvidos na preservação da espécie garrana, mas nenhum da freguesia onde o I Congresso decorreu.

PARQUE INFANTIL
Talvez dependente apenas da cerimónia oficial da inauguração, o notoriamente concluído Parque Infantil, criado no topo sul do Parque Verde de Lanheses, foi impedido de entrar em atividade em razão das normas legais emanadas pela autoridade da saúde pública (DGS) relativas à pandemia da Covid-19, situação que se manteve por mais de um ano. Contudo, não obstante a proibição legal e as frágeis redes que sinalizam o espaço e o material ali colocado, não raras vezes naquele espaço viam-se algumas crianças a utilizar parte dos equipamentos instalados.

Não me apercebi que a utilização de parques infantis tivesse sido expressamente contemplada nas novas regras oficiais divulgadas nos media referentes ao desconfinamento emanadas pelo Governo, mas, numa conclusão pessoal sobre o alcance e aplicação das novas medidas não vejo que haja algum inconveniente para que o novo parque não possa ser utilizado por aqueles a quem é destinado, porque é um local aberto, rodeado de árvores frondosas e com largo espaço de relvado limpo: não há indícios de poluição de nenhuma espécie; tem acessibilidade fácil e com segurança.

Estando para breve o período de férias escolares, muitas crianças irão integrar os habituais ATL, sendo certo que os seus monitores não dispensarão a oportunidade de recorrer ao Parque Infantil do Parque Verde para complementar as atividades dos mais jovens. Porque, é muito difícil aceitar que uma sala, por mais ampla e arejada, reúna melhores condições de segurança para a saúde do que um espaço ao ar livre com tanta qualidade que nem uma pomposa e circunstancial inauguração poderá melhorar.

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