Igreja e antigo hospital da Misericórdia de Ponte da Barca em vias de classificação

A Direção-Geral do Património Cultural abriu o processo de classificação da igreja e do antigo hospital da Santa Casa da Misericórdia de Ponte da Barca, de acordo com anúncio publicado na sexta-feira em Diário da República (DR).

O documento, segundo a Lusa, refere o despacho do Diretor-Geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, datado de março, e dá início ao processo de classificação, resultando de uma proposta da secção do Património Arquitetónico e Arqueológico, do Conselho Nacional de Cultura de 21 de julho de 2021.

A igreja e o antigo hospital da Santa Casa da Misericórdia de Ponte da Barca estão situados no Largo da Misericórdia, na União das Freguesias de Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães.

A classificação agora iniciada visa salvaguardar os imóveis “localizados na zona geral de proteção (50 metros contados a partir dos seus limites externos)”.​​​​​​​

De acordo com a informação que consta na página oficial da Internet da Casa da Misericórdia de Ponte da Barca, “não há registos oficiais, mas julga-se que a igreja foi construída por volta do ano de 1584”.

“É seguro que, em 1627, Constantino de Magalhães Menezes e esposa, D. Isabel Manuel de Aragão, mandaram reconstruir e ampliar a capela-mor, doando-a à Irmandade. Desde então sofreu diversas vezes obras de restauro e ampliação”, lê-se na descrição.

A “frontaria atual foi construída em 1822 e a tribuna com o altar-mor data de 1830. O interior da igreja foi quase todo modificado no período de 1822 a 1844. A construção, em 1860-1861, da Estrada Nacional 101 obrigou a demolir o torreão, escadas do coro, casas do servo e capela do Santíssimo, que se encontravam do lado sul”, explica a publicação.

Segundo informação que consta na página oficial da Direção-Geral do Património Cultural, a igreja apresenta uma “arquitetura religiosa, maneirista, neoclássica e revivalista e assistencial, oitocentista”.

Entre “a igreja e o hospital existe um corredor tendo no topo a sacristia, reformada no século XIX, devido à construção de uma capela junto à porta de acesso e à transferência da sineira”.

O “antigo hospital apresenta linhas simples, dinamizadas pelo alteamento da cornija ao centro, igualmente com cornija borromínica, telhada, ostentando no “tímpano” coroa fechada sobre brasão nacional”.

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