III Congresso Internacional de Enogastronomia “Amar o Minho”

Nos dias 25 e 26 de setembro Caminha vai ser palco do terceiro Congresso Internacional “Amar o Minho”, onde a alimentação e o território vão estar sob análise, bem como a sua conexão, no sentido de caminhar para um futuro sustentável.

Esta 3ª edição é organizada pelo Consórcio Minho INovação, com o apoio institucional do CISAS, unidade multidisciplinar de investigação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) no âmbito do projeto PA9. Enogastronomia: Sabores, Ofertas e Conhecimento, cofinanciado pelo Norte 2020. Com a missão “território Sustentável”, especialistas nacionais e internacionais, investigadores e agentes do território (governantes, chefs e produtores) reúnem-se para trocar ideias e experiências, bem como traçar caminhos aos desafios que se colocam actualmente na enogastronomia. 

Congresso Internacional de Enogastronomia “Amar o Minho” está dividido em três momentos. O primeiro passou pela visita, ao Alto Minho, de uma comitiva multidisciplinar francesa para aprofundar a gestão das cantinas escolares e a cadeia alimentar em alguns municípios – uma iniciativa inserida no projecto FEAST (Food systems that support transitions to healthy and sustainable diets) e que está a ser dinamizado pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) e o IPVC. 

No dia 25 de setembro terá lugar um laboratório de ideias que vai juntar chefs, produtores, investigadores, representantes municipais e consumidores, num espaço de inovação e criação para lançar soluções conjuntas. Já a 26 serão conhecidos vários projectos nacionais e internacionais, através de um conjunto de oradores altamente credenciados.

Bruno Caldas, primeiro secretário da CIM Alto Minho, destaca que este congresso “é mais uma etapa que tem vindo a ser feita para a valorização do território através da enogastronomia, e onde serão abordados temas como a alimentação saudável, o bem-estar, numa lógica de afectação e valorização dos recursos locais e como eles podem alavancar o território, tornando-se uma mais-valia para a economia, mas também para o meio ambiente”. Acrescentando ainda que “foi possível reunir um conjunto de oradores de grande qualidade e que estão inseridos em projectos que estão e vão ser muito importantes nos nossos hábitos”.

Fará parte também deste Congresso um dos oradores mais aguardados, Anant Jani, do Heidelberg Institute Global Health e da Universidade de Oxford, que trabalhou com sistemas de saúde em vários continentes e que se debruça em compreender como podemos melhorar a saúde da população e reduzir as desigualdades.

Manuela Vaz Velho, directora do Centro de Investigação e Desenvolvimento em Sistemas Agroalimentares e Sustentabilidade – CISAS, do IPVC, salienta que “é muito importante manter uma ligação ativa entre a universidade e a comunidade”, no sentido de desencadear inovação e educação, desde logo alimentar e ambiental, mas também valorizar o património local“. Acrescenta ainda que “o congresso vai aproximar os agentes do território. É importante reflectir, ter um papel activo na comunidade, mas também contar com a sua voz e a sua participação”. O seu trabalho sobre a dieta atlântica figura inclusivamente como um laboratório de ideias para o território minhoto.

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