Ilda Novo critica relatório da OCDE

“Os professores não esquecerão que os estão a deixar entregues a si próprios e muito menos que o Senhor, Senhor Ministro, afirmou defendê-los intransigentemente. (…)Estejam certos: os professores não esquecerão este Governo PS e as esquerdas encostadas”.

Estas afirmações pertencem à deputada vianense do CDS/PP, Ilda Araújo Novo, também professora, durante uma recente intervenção na Assembleia da República. “Não esquecem como acabaram o ano lectivo: Revoltados. Não esquecem como iniciaram este ano letivo: Aldrabados e injustiçados”.

A deputada critica a divulgação de um relatório da OCDE sobre as remunerações dos professores, “imediatamente a seguir ao anúncio do senhor Ministro da Educação, aquele em que veio afirmar que só lhes seriam contabilizados 2 anos, 9 meses e dezoito dias”. Garante que “os professores recebem menos que a média dos colegas de outros países da OCDE” e os “valores apresentados não eram reais”. Fala, também, “o exercício de hipocrisia do Bloco, a que se juntou recentemente o PCP, que por um lado clamam pelo cumprimento do teor do artigo 19º plasmado no Orçamento do Estado, respeitante ao modo e prazo da contagem do tempo de serviço, e por outro não o impõem ao Governo PS, que deles depende para governar”.

Ilda Novo questiona, ainda, sobre a análise, noticiada a 11 de julho, de que “o Governo e os sindicatos iriam analisar os custos reais a recuperação do serviço congelado, para o que seria criada uma comissão técnica”.

Entretanto, esta semana tem estado a decorrer uma nova paralisação de professores – repartida, ao longo de quatro dias, pelas várias regiões do país — que vai terminar com uma manifestação nacional, para exigir que nove anos, quatro meses e dois dias de trabalho sejam contabilizados na progressão de carreira.

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